Dia de Campo em Picuí sobre produção de forragens em áreas degradadas é destaque no Domingo Rural desta semana

SR170618cSe eu disser à você que foi além do esperado, estou falando a verdade, foi muito bom, tivemos a participação de mais de 130 pessoas que foram à Fazenda Gavião e lá tiveram a oportunidade de vivenciar e ver as técnicas de convivência com o semiárido em importantes áreas e eles interagiram entre pesquisadores, extensionistas, agricultores, alunos, secretários de agricultura, vereadores compondo uma presença de um público muito específico e focado nesta área.

A afirmativa é do professor do IFPB de Picuí e coordenador do NEA, Núcleo de Estudos Agroecológicos daquele instituto, Frederico Campos Pereira, ao dialogar com o público ouvinte do Programa Domingo Rural e Programa Esperança no Campo deste final de semana colocando como exemplo uma colheita feita numa área da fazenda com o xique-xique e alcançando produção de 52 toneladas do produto, momento em que parte do produto beneficiado foi oferta ao alimento, in loco, de ovinos com amplo sucesso e exercício prático dos participantes no evento. “Tudo isso feito com a participação do agricultor, participação do extensionista, do pesquisador, todos foram botar a mão na massa, a gente dava apenas uma pequena orientação e eles foram atestar com suas próprias mãos e seus próprios olhos de que é possível sim conviver com a semiaridez e produzir de forma sustentável e ainda combater a desertificação do nosso meio ambiente”, explicou o educador ao dialogar com nosso público ouvinte.

Frederico explicou que a partir de agora o agricultor pecuarista pode alimentar o rebanho com as cactáceas sem ter que trabalhar a queima dos espinhos já que foi apresentado uma máquina da empresa Laboremus capaz de triturar o produto para o alimento direto ao rebanho. “Primeiro você vai produzir, você pode pegar a pior área da sua propriedade, apenas com esterco e com raquetes de palma ou estacas de mandacaru, xique-xique você vai povoar essa área e em alguns anos você vai obter o retorno, então quando eu digo que a área do mandacaru sem espinhos, no terceiro ano, você tira mais de 40 toneladas sem chuvas, num solo pobre ou empobrecido e depois você trata essas cactáceas, essas espinhosas como uma cactácea qualquer, tudo que você ofertar pra ela, ela te dar em retorno de biomassa que é isso que o agricultor quer pra enfrentar a seca. Então depois tem a máquina da Laboremus que tritura todos os espinhos”, explica Campos Pereira, acrescentando que o evento foi uma atividade do IFPB em parceria com o Insa, prefeitura municipal dentre outras parceiras que vêm fazendo um trabalho continuado com tecnologias de convivência com a realidade semiárida.

Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural

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