Família agricultora de Juarez Távora define 2017 como ano positivo para produção orgânica do algodão

SR101017aO ano de 2017 representa um ano positivo para a produção do algodão agroecológico junto a família do agricultor Rizeldo Alves do Nascimento, no Assentamento Margarida Maria Alves, município de Juarez Távora, Agreste paraibano.

Neste final de semana, o agricultor participou do Programa Domingo Rural e Programa Esperança no Campo falando sobre as ações acompanhadas pelo Núcleo de Agroecologia da Embrapa Algodão Campina Grande, em parceria com entidades locais, no processo de produção agroecológica envolvendo a cultura do algodão com as culturas alimentares destinadas a segurança alimentar da família e fortalecimento da pecuária e do meio ambiente. “Está valendo a pena trabalhar com algodão porque a gente agregou valor, inclusive quando mudemos da plantação do algodão branco para o colorido, e quando a gente passou a produzir o algodão orgânico porque aumentou o valor e a gente saiu daquela fase do veneno que é o mata gente”, comenta o agricultor dizendo que em razão dos preços alcançados pela pluma e o não uso dos caríssimos venenos estão tendo conseguindo produzir e melhor margem de lucro na diversidade cultural.

Ele assegura ter sido um dos agricultores que mais usou veneno no passado na tentativa de alcançar êxito no combate ao bicudo e garante que, nos anos de 1980, mesmo com uso dos venenos chegou um momento de não ter mais sucesso na produção algodoeira. “Hoje produzimos algodão ao combinar o plantio porque hoje plantamos algodão numa data só, sempre a partir do dia 20 de maio à 10 de São João porque ele brota numa época só, o bicudo tem ficado pra trás e a gente lucrou, mesmo que chova menos neste período é que é bom porque se a florada chegar ser atingida pelo bicudo não terá problema porque o bicudo vai secar e não se reproduz nele. Porque o que faz medo não é a quantidade que o bicudo fura, mas a produção que vem já que cada bicudo reprodutor tem 300 filhotes para reproduzir e se se levantar dentro de um roçado, já pensou o que é 300 bicudos reproduzindo mais trezentas vezes cada um, quantos bicudos vai dar por ano?”, explica e questiona o agricultor ao repassar informações sobre as estratégias de plantio da cultura que tem tornado possível produzir de forma agroecológica.

Entrevistado por Stúdio Rural, Riseldo informou que a pequena área utilizada com o plantio consorciado com milho renderá aproximadamente 1,5 mil quilos de algodão que terá a pluma vendida ao preço de R$ 13,50 o quilo para empresa parceira que já contrata a produção antes do plantio.

Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural

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