Mobilização social em Queimadas defende a vida e diz não a violência contra a mulher

SR061215bRepresentações de entidades e da sociedade em geral do campo e cidade do município de Queimadas participaram de uma mobilização de alerta e valorização da vida e pela não violência contra a mulher.

O evento aconteceu na manhã do dia 18 de novembro, com concentração no Pátio do Povo, caminhada pelas ruas centrais da cidade e ato público defronte ao Mercado Público daquela cidade.

Organizado pela Secretaria de Desenvolvimento Social da Prefeitura de Queimadas, Centro Estadual de Referência da Mulher, Fátima Lope; Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Queimadas, Comitê Ana Alice de Combate a Violência Contra a Mulher, dentre outras, o evento contou com participação de diversas lideranças daquele município e foi tema em evidência no Programa Esperança no Campo e Programa Domingo Rural da Rádio Queimadas FM e Rádio Serrana de Araruna AM 590 kHz nos 21 e 22, sábado e domingo, respectivamente.

“Em primeiro lugar eu tenho que dizer que tenho um grande orgulho de estar trabalhando numa cidade que tem esse tipo de movimento, quero parabenizar Terezinha pelo empenho na construção de Rede composta de CREAS, Conselho Tutelar, polícia e dizer que nós não trabalhamos sozinhos, a polícia necessita da população, pra nós produzirmos nós precisamos de vocês, precisamos dos canais de denúncias, não fiquem caladas, em briga de marido e mulher tem que se meter a colher mesmo, quero dizer que o pessoal do grupo de homicídios está se empenhando em capturar o companheiro de Sandra que veio a ter essa tragédia e dizer que a delegacia está de portas abertas e vocês denunciem porque estamos lá e trabalhamos em conjunto, não trabalhamos sozinhos e que o Núcleo de Atendimento à Mulher de Queimadas está com todos e a mulher que se sentir fragilizada pode procurar o CREAS que nos encaminha, o pessoal da Ação Social, toda a rede e não tenham medo, pois de uma forma ou de outra se denuncia e é muito bom ver ações como essa”, explica a delegada da Polícia Civil daquela comarca, Juliana Brasil.

“Eu quero dizer a senhora que Queimadas precisa tornar isso institucionalizado nesses atos em defesa das mulheres e contra a violência que é praticada contra as mulheres aqui em Queimadas, infelizmente Queimadas está manchada sua imagem de município no aspecto
em que se diz respeito a violência contra as mulheres, nós precisamos tornar essa luta cotidianamente numa pauta política no dia a dia nosso aqui no município, nós precisamos que o estado brasileiro, que o estado como um todo e que o município assumam a política de combate a violência definitivamente, nós não podemos estar fechando os olhos e fazendo de contas que não estamos vendo o que acontece no dia a dia aqui nos nossos quintais, na nossa vizinhança, não podemos aceitar mais isso, isso precisa ser institucionalizado no poder executivo, no poder legislativo e tem ser pauta política do dia a dia, nós não podemos ser omissos às violações que são cometidas contra nossas companheiras diariamente”, argumenta alto e em bom som, o assessor especial da Secretaria de Desenvolvimento Social da prefeitura e presidente do Instituto de Cooperação Agrícola(ICA), Sidney de Oliveira Silva.

“Eu quero parabenizar a secretária de Ação Social por esse trabalho, por esse empenho porque infelizmente a violência contra a mulher é uma realidade nossa, não só na nossa cidade, mas em todo o país, e a gente tem que lutar contra isso. Eu quero aqui pedir às mães porque acho que nós também somos responsáveis pelos filhos que a gente está educando, que a gente possa ensinar a eles princípios, valores porque a responsabilidade também é nossa. A gente sabe que a maior parte desses homens violentos vêm de famílias que também foram lares desajustados na maioria deles, então é de responsabilidade nossa também de educar cidadãos de bem, ensinando como é que se cuida de uma mulher de verdade, então eu quero aqui dizer pra vocês que também não desistam dessa luta, por aquelas que foram vítimas e algumas escaparam, mas aquelas que foram vítimas e não tiveram a oportunidade de se defender ou de sobreviver, ficarão como mártires e que é pelas vidas dessas que a gente possa lutar contra essa violência, que a gente não desista e unamos forças sem esquecer que a responsabilidade também é nossa”, explica a primeira dama daquele município, Débora Andrade Maciel.

“Estou aqui como assistente social do CREAS do município de Queimadas pra dizer as mulheres de queimadas que lá existe um centro de apoio psicossocial, que somos profissionais assistentes sociais, psicólogos, pedagogos, advogados pra dar esse apoio, que não tenham medo, que procurem o Centro de Referência do Município, o CREAS que fica localizado na rua Francisco Ernesto do Rego, 432, na rua Nova. Procurem por nós, não tenham medo de fazer a denúncia, pois seu nome vai ficar em sigilo e que o centro de referência é a porta de entrada para essas denúncias virem à tona, nós contamos também com a Rede Sócio assistencial e a Rede de Atendimento do município, nós recebemos diversas situações como casos que nos são encaminhados através da delegacia e daí a gente procura fazer esse atendimento e esse acompanhamento. Mulheres de Queimadas não tenham medo, procurem o centro de referência”, dialoga a componente dos Programas Sociais, Solânia Chagas.

“Mexeu com uma, mexeu com todas! É exatamente mulherada, homens aqui presentes, é exatamente isso que nós queremos, se unir cada vez mais, não só as mulheres em especial, mas todos os homens já que vivemos numa sociedade machista, nós precisamos desconstruir isso porque, como a doutora Juliana falou, nós temos os mesmos direitos como mulheres e nós mulheres estamos aqui para exercer isso e nós não queremos que isso seja frustrado da pior forma possível que é a morte, que é apanhar, que quem quer apanhar? Ninguém, não é essa a vida que nós queremos e em nome do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, em nome do Comitê Ana Alice nós estamos cada vez mais juntas e é exatamente isso que a gente quer, ir para as ruas dizer que nós não estamos satisfeitas e que hoje pra nossa satisfação temos uma delegacia que está pronta pra fazer isso, mas nós temos uma rede que foi criada pra que possamos lutar juntos”, propala a secretária do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Ana Paula Cândido, detalhando as ações de órgãos como a Secretaria de Desenvolvimento Social da prefeitura dentre outros.

“Mais uma vez estamos reunidos e reunidas aqui no município de Queimadas, essa não é a primeira mobilização pelo fim da violência contra a mulher, então estamos sim reunidas pra dizer que não aceitamos essa violência, pra dizer que precisamos desconstruir essa cultura machista e patriarcal existente não só aqui em nosso município, mas em todo o mundo, então as mulheres que são vítimas precisam sim buscar ajuda, então como doutora Juliana, como Terezinha bem enfocaram que existe toda uma rede de proteção e de enfrentamento a violência contra a mulher no estado e no município, aqui no município de Queimadas essa rede também está bem articulada junto a delegacia, junto a CREAS, junto ao Ministério Público, temos o Comitê Ana Alice que pode também estar ajudando essas mulheres, o Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais, o Centro Estadual de Referência da Mulher Fátima Lopes, então as mulheres precisam sim buscar ajuda. Estamos aqui hoje por elas que não podem mais falar, mas também por nós, por nossas filhas, por nossas vizinhas, por nossas mães que possivelmente algumas podem estar silenciando a violência dentro dos seus lares que é local onde elas deveriam se sentir mais seguras, então essas mulheres que ainda não tiveram coragem de buscar a delegacia, de buscar o CREAS e os mecanismos de enfrentamento, que elas possam se encorajar porque existe toda uma rede de enfrentamento. O Centro Estadual de Referência da Mulher Fátima Lopes, tal qual eu represento hoje, atende as mulheres de Campina Grande e todo o Compartimento da Borborema, incluindo Queimadas”, explica em detalhes a coordenadora do Centro de Referência da Mulher Fátima Lopes, Isânia Petrúcia Monteiro Frazão, Tucha.

Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural

 

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