Movimento para melhoramento da bovinocultura no Cariri Oriental é tema no Programa Domingo Rural

SR270916aMelhorar a pecuária leiteira no Cariri Oriental é meta de entidades diversas daquele território a partir de pactos de ações diversas a serem trabalhadas de forma sequenciada com o objetivo de superar as limitações que surgem a partir da realidade climática e práticas agropecuárias inadequadas, dentre outras que serão superadas com políticas públicas que promovam investimentos financeiros e, especialmente, capacitações e compartilhamentos de conhecimentos locais.

Entrevistados em nossos programas(Domingo Rural e Esperança no Campo), o diretor técnico da Emepa, Manoel Antônio de Almeida, Manoel Duré; assessor da Emater Paraíba, Regional Campina Grande, Antônio Ferreira Filho; pesquisador do Insa, Instituto Nacional do Semiárido, Geovergue Rodrigues de Medeiros; componente do NEDET Cariri Oriental e assessora de Gestão Social, Raiza Tavares; e o representante do OCB-Sescoop-PB, Pedro D’Albuquerque Almeida falam sobre o conjunto das ações desenvolvidas e a serem desenvolvidas naquele território rural detentor de uma das mais importantes bacias leiteiras do semiárido envolvendo municípios como Caturité, Barra de Santana, Alcantil, Gado Bravo, Boqueirão e Soledade.

“A Emepa tem trabalhado a questão da bovinocultura leiteira, notadamente voltada para o Cariri onde se tem um alcance social e econômico muito grande, então as tecnologias geradas pela Emepa, já validadas, vão disponibilizar para todos os produtores do Cariri Oriental para que a gente possa minimizar os problemas enfrentados pelos mesmos”, explica o diretor técnico da Emepa, Manoel Antônio de Almeida, Manoel Duré.

“Acho que a organização social a partir das cooperativas é fundamental como estamos a discutir no processo do desenvolvimento da cadeira da bovinocultura de leite aqui na região do Cariri”, comenta, em entrevista, o representante do OCB-Sescoop-PB, Pedro D’Albuquerque Almeida, salientando que a OCB-Sescoop-PB vem se empenhando junto as cooperativas no sentido de fortalecer a diversidade das atividades naquela microrregião, a exemplo da Coapecal, Cooperativa Agropecuária do Cariri que tem um trabalho sequenciado no território junto ao conjunto das entidades que fazem parte do Fórum de Desenvolvimento do Cariri Oriental. “Tenho evidenciado em minhas falas que a gente não tem mais aquele processo de organizar e oferecer de cima pra baixo que chamamos de ações de prateleiras, hoje a gente reverteu o processo, hoje a gente atende as cooperativas dentro daquelas maiores necessidades que elas têm, então a Coapecal está demandando cursos, capacitações, assessorias, oficinas que é o que a gente oferece, mas dentro daquilo que eles querem, como forma de não ficar jogando dinheiro fora em ações que não vai resolver nada e não vá contribuir para o desenvolvimento da região e das cooperativas na própria região”, explica dizendo que a partir de outubro a OCB-Sescoop fará um processo de estruturação das ações para 2017 dentro do orçamento daquela organização cooperativista numa dinâmica que fortaleça as ações em todo o estado da Paraíba.

Ao dialogar com nossa equipe Stúdio Rural, a componente do NEDET Cariri Oriental e assessora de Gestão Social daquele fórum, Raiza Tavares, explicou que o trabalho do Fórum do Cariri Oriental já conta hoje com uma estrutura social para continuar o conjunto das ações na busca do desenvolvimento local, citando a criação e ações práticas desenvolvidas pela Câmara de Inclusão Produtiva que envolve entidades representativas e famílias produtoras da região e que dará grande contribuição junto ao conjunto de entidades de governos e não governamentais na busca da execução de ações para o desenvolvimento na dinâmica de convivência com a realidade semiárida. “Nós, enquanto NEDET, ficamos felizes de ver encontros acontecendo, ficamos entusiasmados em ter a Câmara de Inclusão Produtiva caminhando com suas próprias pernas e estamos à disposição no que for necessário pra impulsionar esse plano de ação para que seja colocado em prática”, explica Raiza Tavares.

Antônio Ferreira Filho é assessor da Emater Paraíba, Regional Campina Grande, diz ser importante continuar o conjunto das ações que foram desenvolvidas durante cerca de 12 anos no processo de organização nas dinâmicas territoriais e garante que a Emater vai estar ofertando ações e serviços junto a agropecuária local em sintonia com as entidades representativas no território. “O compromisso que temos sempre assumido, enquanto instituição de ATER, é com a parte da assistência técnica e extensão rural, então nesta missão nós vamos trabalhar ações de capacitações em boas práticas para a produção do leite como também capacitação em controle sanitário que nos parece bastante pertinente, ações de convivência com o semiárido onde nós iremos enfocar todas as políticas públicas e territoriais a disposição do agricultor familiar”, relata Ferreira Filho dizendo que as ações incluem a questão da silagem, fenação, inseminação artificial, crédito rural, ambiental dentre outras.

Já o pesquisador do Insa, Instituto Nacional do Semiárido, Geovergue Rodrigues de Medeiros, ao dialogar com Stúdio Rural, diz ser importante fortalecer as ações unificadoras das entidades locais fazendo com que o trabalho territorial já em desenvolvimento não sofram interrupção e, desta forma, o processo de capacitação junto aos produtores e as cobranças de demandas indutoras de desenvolvimento sejam implementadas juntos aos governos. “Já temos um trabalho local, nós tivemos uma crise muito forte por conta da Cochonilha do Carmim que causou um desespero total em toda a região e graças a articulação do Insa com outras instituições a exemplo da Emepa, do IPA de Pernambuco com o consenso de que havia necessidade urgente de que nós atuássemos para tentar revitalizar a palma forrageira da região”, explica evidenciando um conjunto de ações estruturantes desenvolvidas em parceria com entidades como Coapecal, Emater, Emepa dentre outras.

Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural

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