As feiras do produtor rural, com venda direta ao consumidor, vêm mudando o padrão e a qualidade de vida das famílias agricultoras assessoradas pela Emater em todo o estado da Paraíba e ao mesmo tempo vêm mudando o conceito de relação comercial humanizada para com o consumidor em municípios paraibanos e espaços nas cidades contempladas com os pontos de comercialização dos produtos alimentícios advindos direto do campo ao setor urbano.

Conforme o coordenador estadual das feiras do produtor, Severino Henrique de Lima, essa modalidade teve início há 22 anos passados e hoje já são 65 feiras em cidades diversas do estado. “Nós tivemos a primeira feira de produtores que foi aberta em Campina Grande há 22 anos e, desta primeira feira, hoje nós contamos com 65 feiras trabalhadas pela Emater e estaremos abrindo mais uma, e desta vez, só com cooperativas e associações como forma de valorização para com quem tem um trabalho muito bom já que o canal de escoamento já não estava existindo”, explica Henrique ao anunciar e justificar a abertura de mais uma feira do produtor nesta quinta-feira(15 de março), no pátio da Emater regional Campina Grande, na saída para Queimadas.

“Teremos mais uma feira da agricultura familiar que vai funcionar aqui na Emater Campina Grande, esse é espaço com diferencial por ter sido uma demanda com pedido das organizações de agricultores e que será um espaço constituído por instituições associações, cooperativas, por grupos organizados, então vai ter todo um diferencial organizativo com demanda que surge discutindo PNAE, discutindo PAA, onde os agricultores perceberam que era importante ter mais esse ambiente para comercializar”, explica o assessor da Emater e coordenador do regional Campina Grande, José Sales Alves Wanderley Júnior, ao dialogar com o público ouvinte Programa Domingo Rural e Programa Esperança no Campo. “Os agricultores são das mais diversas regiões, desde a região do Brejo, Cariri Ocidental e Oriental, do Agreste, porque essa feira tem um diferencial, não é uma feira da Emater, é uma feira dos agricultores das instituições com a assessoria da Emater”, explica dizendo que será exemplo de feira estruturada.

“As feiras diretas ao consumidor são de fundamental importância onde o acompanhamento da Emater faz a diferença porque faz com que você tenha uma visão do mercado, com isso está abrindo portas para que comercialize-se produtos e cresça de forma adequada”, explica o presidente da Copravida, Cooperativa dos Agricultores Familiares do Semiárido, Paulo Cordeiro Santiago, em entrevista e diálogo amplo com o público Domingo Rural e Esperança no Campo, explicando que são diversas cooperativas e associações que estarão gerando a oferta ampla da diversidade da agricultura familiar do Compartimento da Borborema. “Nós temos na Copravida produtores diversificados, inclusive eu tenho produtos do gado, não é muito, mas crio gado para diversificar com o frango caipira, tem a região de Queimadas com o frango e outra parte que tem a verdura também, temos queijo na região de Barra de Santana, a manteiga, a carne do porco que também já está entrando na nossa agricultura porque a nossa meta é diversificar. No momento temos nosso carro-chefe sendo o frango e o ovo e à medida que a gente for crescendo, a gente vai ampliando, vamos botando outras coisas como queijo e o bode indo passo a passo”, explica o diretor daquela cooperativa que tem sede na cidade de Queimadas, na área transitória de Agreste com Cariri Oriental.

Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural