Agricultura familiar de Mari fica de fora no PAA e CMDRS contesta gestão e reivindica inclusão urgente

O município de Mari é o maior produtor de tilápia do estado da Paraíba e possui dificuldades de comercialização da produção, sendo a compra pública de peixe da Semana Santa uma alternativa para os produtores do município, a gestão com incontestáveis dificuldades de comunicação, e falta de interesse pelos pleitos dos produtores, faz compra de cerca de 17 toneladas de peixe congelado de empresa com endereço fora do município de Mari.

A afirmativa é do CMDRS, Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável, através de nota pública de desagravo a prefeitura municipal e de solidariedade ao setor agropecuário daquela municipalidade lançada e circulada na última quinta-feira, 11 de abril.  “O município até o momento não comprou nada da agricultura familiar, estamos lutando e aguardando que possa acontecer, desde o ano passado, assim que teve a eleição e assumi a presidência do Conselho e iniciei as tratativas, diálogos e conversas com as várias secretarias que a gente consegue transitar, dentre elas a de Educação onde está o PNAE, procurei de imediato o Conselho de Nutrição Escolar(CAE) e até o momento não obtivemos respostas, ninguém sabe quem é presidente, desde o ano passado busquei procurar ter uma reunião a Secretária de Educação e não consegui, agora assumiu outro secretário e já reiniciamos as tratativas pra conversar, mas lamentavelmente o município não está comprando nenhum produto da agricultura familiar, está zero até o memento”, explica o presidente daquele Conselho, Adelaido de Araújo Pereira, ao dialogar com Stúdio Rural, justificando que naquele município tem escolas que estão oferecendo somente biscoito com suco.

Adelaido explicou que a ação em execução no município é o PAA estadual. “O PAA que tem atuando aqui é o PAA estadual, mas o PAA municipal não tem no município, o PNAE este ano não comprou nada até o memento, teve o processo de chamada pública, mas até o momento não sabemos o resultado, está todo mundo aguardando, enquanto isso estão comprando a terceiros” reclama Adelaido Pereira ao dialogar com Stúdio Rural.

Agrônomo por profissão e agricultor, Adelaido explicou que Mari é um município essencialmente agropecuário com uma diversificada produção durante todo o ano, impulsionada pela força da irrigação, e lamenta que as políticas institucionais não estejam em funcionamento e consequentemente não estejam contribuindo com o fortalecimento da agropecuária local, a segurança alimentar e a circulação dos produtos alimentícios e dos recursos financeiros na economia local. “O CMDRS se solidariza com os produtores e alunos afetados, e RECONHECE que essa não é uma postura que reflete as práticas de uma boa gestão”, reforça a nota acrescentando que: “Por fim, se faz também necessário reiterar que o CMDRS é um órgão dotado de autonomia administrativa, consultivo, deliberativo, controlador e fiscalizador das ações governamentais direcionadas ao desenvolvimento rural sustentável do município”.

Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural

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