Assentamento em Juarez Távora evidencia plantio do algodão sem uso de venenos

Produção de algodão sem uso de venenos é uma das metas que estão alcançadas por famílias agricultoras no Assentamento Margarida Maria Alves, no município de Juarez Távora, agreste paraibano, numa área total de aproximadamente 31 hectares num trabalho que envolve cerca de 12 agricultores e agricultoras familiares.

Na última terça-feira(22) a comunidade recebeu a comissão de pesquisadores africanos que foram conhecer de perto o trabalho prático desenvolvido em torno da cultura algodoeira e lá as famílias falaram sobre como está sendo feito o trabalho de convivência com a praga do bicudo, sobre as tecnologias aplicadas na agregação de valor do produto na unidade de produção e sobre a capacidade de produção e produtividade no assentamento.

Stúdio Rural conversou com a presidente da associação de agricultores daquele assentamento rural, Margarida da Silva Alves,Dona Preta, que falou sobre como vem sendo desenvolvido o trabalho que conta com o apoio e acompanhamento da Embrapa Algodão, justificando que num passado próximo as famílias plantavam algodão, milho e feijão no mesmo período invernoso do mês de março e que, por orientação da Embrapa Algodão, passaram a plantar as culturas tradicionais para a alimentação da família no mês de marco para abril e o algodão somente a partir da segunda quinzena de maio até a segunda quinzena de junho para que na época da floração tenha sol quente capaz de inviabilizar a vida do bicudo do algodoeiro. “Antigamente a gente no mês de março consorciado tudo de uma vez só algodão, milho e feijão. Aí veio novas experiências porque no passado a gente plantava com veneno, aí veio essa nova experiência pra gente plantar o algodão sempre a partir de 20 de maio porque tirava o ciclo do bicudo, afastava. Então a agente planta de 20 de maio a 20 de junho”, explica a agricultora, acrescentando que o plantio do algodão no mês de maio faz com que no período quente o bicudo sofra com a quentura e não se desenvolva a ponto de gerar prejuízos econômicos.

Dona Preta disse que esse ano a expectativa é boa tomando como exemplo a safra de 2008 que registrou área de produtividade de até 2 mil quilos por hectare, porém lembrou que esse ano a frieza foi mais prolongada, beneficiando o bicudo enquanto inseto e proporcionando a condição de praga de médio ataque na cultura.

Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural

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