Assessor da Emater e executivo da SEDAP comentam perigos da Cochonilha do Carmim

“A praga Cochonilha do Carmim é devastadora e se não existir uma preocupação por parte dos parceiros governo federal, governo do estado, governos municipais e principalmente se nós não contáramos com a compreensão dos produtores plantadores de palma forrageira, a gente não vai chegar a lugar nenhum, mas nós queremos crer que a parir de encontro que acontece aqui em Caturité nós iremos dar as mãos uns aos outros, selarmos uma parceria e queremos acreditar que nós iremos debelar a praga da cochonilha do carmim não só aqui mas no Cariri como um todo, na Paraíba como um todo”.

Esse é argumento inicial do diretor técnico da Emater Paraíba, Afonso Vieira Cartaxo, ao participar do Programa Domingo Rural deste domingo(31/01) onde através das emissoras parceiras falou sobre os males da cochonilha do carmim para a pecuária regional que depende de forma direta da palma como insumo importante enquanto suporte na alimentação do rebanho e que passa a enfrentar grande perigo em entrar em decadência já que a praga já dizimou os plantios no Cariri Ocidental paraibano e entra com acentuado estrago no Cariri Oriental a partir do município de Caturité.

Durante entrevista, Cartaxo disse acreditar que com os resultados negativos apresentados no Cariri Ocidental e com um encontro de autoridades acontecido recentemente na cidade de Caturité possa-se encontrar alternativas tecnológicas e força política e social para o bom desenvolvimento da cultura em convivência com a praga e disse que a direção técnica daquela instituição de extensão tem papel importante a exercer para o sucesso da cultura e da pecuária como um todo. “É verdade, nós temos dentro de nossas limitações, tentado dar enquanto empresa e na verdade a Emater hoje já vive momento diferente, é bem verdade que o sistema Sibrater como um todo praticamente desapareceu na época em que o Governo Collor infelizmente acabou com e Embrater, mas graças ao Presidente Lula, graças à parcerias que temos entre o Estado e o Governo Federal e mais agora ainda com a criação do projeto de lei de ATER que é fruto do Governo Lula nós queremos acreditar que o extensão rural, não só a Emater da Paraíba possa reeditar bons momentos e possam cumprir realmente com sua verdadeira missão que é de assistir tecnicamente de forma decente a todos os agricultores de nosso estado e porque não dizer desse país seco chamado Nordeste Brasileiro”.

Domingo Rural entrevistou também o gerente executivo de defesa agropecuária da SEDAP, jamir Mascena de Sousa, falando sobre os problemas apresentados e sobre as tecnologias alternativas de combate a praga da cochonilha, momento em que disse que as partes interessadas, de forma organizada, têm formas de combate e convivência sim com a temível praga, devendo o produtor estar presente em suas propriedades no sentido de perceber a entrada da praga no processo inicial já trata-se de uma praga de alta capacidade de reprodução e acentuada capacidade de devastação. “Se você encontrar uma colônia que é como um capuchinho de algodão, com 45 dias vá lá que tem 1 mil, isso á exatamente a capacidade reprodutiva dessa praga, ela produz mais que em escala geométrica, não é brincadeira. Se fosse uma uva, se fosse comer talvez não se reproduzisse desse jeito, mas a praga é isso, isso é pesquisa da Empresa de Pesquisas Agropecuária do Estado, da Emepa, uma colônia em 45 dias ela se transforma em 1 mil e pior que isso é que ela quando se transforma até o vento carrega pra outro canto”, ilustrou o representante do governo paraibano sobre o que poderá acontecer com nossa pecuária se nada for feito por parte das partes interessadas, especialmente do produtor rural que fica com a missão de identificar e informar ao estado para que medidas urgentes possam ser tomadas.

Ao dialogar com os ouvintes do Programa Domingo Rural, aquela profissional da agronomia disse que em menos de um ano poderemos ter grande baixa em nossos palmais assim como está acontecendo com a região do Cariri Ocidental polarizada por Monteiro e lembrou que no município de Caturité foi feito um trabalho de pulverização com ações do corpo de bombeiros no sentido de combater a praga com produtos naturais. “Nós estamos tomando as providências, estamos inclusive com o Corpo de Bombeiros, estamos pulverizando acabando a capacidade reprodutiva da praga, matando os adultos e matando também os filhotes, então do jeito que estamos fazendo, a Defesa Agropecuária da Paraíba por orientação do senhor secretário doutor Ruy e doutor Ronaldo Torres, nós vamos aplicando com o corpo de bombeiros toda a tecnologia ali para que ela não se expanda, estamos em discussão hoje exatamente de como acabar de uma vez que não tem outro jeito: arrancar e queimar”, explica o profissional estatal.

Ele informou que não existe nenhum veneno agrotóxico destinado ao tratamento da praga, ficando como alternativa o uso de produtos detergente neutro adicionado a água sanitária na folha da palma para o combate e o uso da palmas resistentes a praga.

Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural

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