Campina Grande sedia encontro unitário paraibano do campo e cidade

A cidade de Campina Grande sediou o encontro unitário de entidades sociais do estado da Paraíba que contou a presença de lideranças do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, Movimento dos Pequenos Agricultores, Comissão Pastoral da Terra, Central do Assentamentos e Acampamentos do Auto Sertão paraibano, Polo Sindical da Borborema dentre outros.

O evento aconteceu no último dia 9 de abril e foi evidenciado no Programa Universo Rural e Domingo Rural com entrevista de diversas lideranças que falaram sobre o que é o que pretendo o movimento que acontece em todo o território nacional e passa a dialogar as ações dos movimentos sociais de todo o país.

José Gilson Alves é presidente do SINTER, Sindicato dos Trabalhos em Extensão do Estado da Paraíba e, ao participar de nossos programas, explicou que se tratou de um encontro o conjunto dos trabalhadores do campo e da cidade continuam refletindo para a construção de uma pauta de ações conjuntas que possam buscar soluções para os problemas que afetam campo e cidade. “É uma compreensão dos trabalhadores de que a luta tem que ir muito além das ações de cada grupo, de cada corporação que possam trabalhar o processo de luta de convivência com a seca, questões relacionadas a segurança pública, as políticas de sementes no estado com a busca da diversificação da produção das sementes crioulas buscando universalizar o acesso das famílias em todo o estado da Paraíba”.

Maria do Socorro Gouveia é componente do Coletivo da ASA-PB no Sertão da Paraíba, participou do encontro e de nossos programas radiofônicos falando sobre as ações articuladas no Sertão paraibano além de explicar como está sendo articuladas essas ações de forma unitária e compartilhada com as diversas organizações do estado da Paraíba. “Essa reunião de hoje vem de um fórum antigo que tem da reforma agrária e agricultura familiar e que encaminhou para o encontro camponês unitário onde através desses encontros juntou todas as forças da sociedade civil, todos os movimentos sociais para discutir vários assuntos que hoje estão emergentes na sociedade como a questão da reforma agrária, a questão da mineração a questão do agro e hidronegócio, questão do agrotóxico que tem uso abusivo lá nas várzeas de Sousa onde a gente está pertinho e aí estamos juntando todas as entidades da sociedade civil para discutir essas temáticas”.

Diley Aparecida é componente do MST na Paraíba e, ao conceder entrevista, disse da importância desse evento continuado que, segundo ela, é fruto de um processo continuado com uma coordenação que tem papel de encaminhar todas as lutas com o desafio de buscar o envolvimento unitário entre os movimentos sociais no sentido de construir lutas e pautas comuns. “Nessa questão da convivência com o semiárido também entregamos um documento à Dilma, mas lamentamos que o governo federal não tem e não entende de semiárido”, critica a liderança.

Francisco Jossean Alves Bezerra é coordenador da CPT Sertão e, ao conversar com nossa equipe, disse que o forte das discussões estão ao redor das lutas pelo fortalecimento da melhor qualidade de vida e estruturação para a produção agrícola nos assentamentos rurais dos municípios sertanejos por entender que a produção rural tem papel importante na geração de trabalho e renda o que tem feito com que as entidades dêem prioridades para esse setor e aproveitou para criticar o programa de reforma agrária do governo federal pela sua lentidão. “A política de reforma agrária no governo federal hoje ela é praticamente inexistente, é a passos de tartaruga e quase que não existe até porque não é interesse do governo e nem da grande mídia nem dos grandes proprietários, nem do puder político tirar a terra das mãos dos ricos e colocar nas mãos dos pequenos trabalhadores, os verdadeiros donos da terra”.

Maria Anunciada Flor Barbosa Morais é presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Queimadas e disse que vem acompanhando toda a construção dessa luta unitária das lutas na condição de componente do Polo Sidical da Borborema que coordena e assessora um conjunto amplo de entidades da agricultura familiar de diversos municípios do Compartimento da Borborema e garante que as entidades do Polo estarão contribuindo na construção a partir das ações estruturadoras nas unidades rurais produtivas na dinâmica de agroecologia. “Com certeza, e o movimento unitário traz uma discussão de superações que aconteceram nas várias regiões do estado, nós temos muitos desafios, mas também temos superações e essa é uma oportunidade de nós conhecermos as experiências das outras regiões como a região do Sertão, da Várzeas e também os companheiros das demais regiões conhecerem também as experiências aqui da região nossa aqui mais próxima da Borborema como o Polo Sindical, o MST, a CPT, todas essas ONGs também que têm esse trabalho parecido com o nosso e nada melhor do esse novo espaço que é o encontro unitário”.

Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural

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