Conselho de Desenvolvimento Rural vota recursos do Cooperar em benefício da agricultura familiar de Queimadas

Representações da agricultura familiar, componentes do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural de Queimadas, se reuniram na última sexta-feira(02/08), juntamente com as diversas outras representações que compõem aquele conselho para discutir recursos ofertados para aquele município por parte do Cooperar.

style=mso-bidi-font-family: arial=>Da reunião participaram a Emater, Secretaria Municipal de Agricultura e a direção do Cooperar que falou sobre o saldo financeiro do órgão do Governo do Estado, que inicialmente estava sendo direcionado pela direção do Cooperar, para investimento num Centro de Confecção, situado no Bairro Antônio Mariz e, após a discussão e votação pelas entidades da agricultura familiar, foi destinado para uma Unidade de beneficiamento e comercialização de grãos; unidade de beneficiamento de frango; caprinocultura; passagem molhada, ovinocultura; construção de cisternas dentre outros.

style=mso-bidi-font-family: arial=>No início do mês de julho o presidente do Cooperar, Roberto da Costa Vital, entrou em contato com a presidente do Conselho Municipal de Desenvolvimento Sustentável de Queimadas, Sônia Magali Vieira de Sá, informando existir um recurso naquela organização do governo paraibano que deveria ser destinado ao Centro de Confecção, na zona urbana de Queimadas, o que levou a diretora do conselho a dizer não ser discussão para aquele conselho que tem competência de discutir ações e recursos para o desenvolvimento rural sustentável do município e que entendia que o Cooperar, igualmente, é órgão governamental destinado a trabalhar projetos indutores do desenvolvimento do meio rural paraibano o que fez com que o diretor do Cooperar enviasse um ofício àquela diretora reafirmando sua intenção de converter os recursos ao projeto de confecção e que entendia que a diretora estava oferecendo resistência ao projeto, resistência que poderia oferecer prejuízo para o desenvolvimento daquela municipalidade. “Senhora presidente, com os cordiais cumprimentos informo que desde o início da presente gestão, o projeto cooperar tenta viabilizar a construção de um centro de confecção, em convênio com a associação que congrega essa classe em sua cidade. E para a concepção para a cidade de Queimadas usamos verbas oriundas do BNDES e fUNCEP, cujo desenlace na liberação foi demorado, provocando defasagem nos preços. Consequentemente a obra não foi concluída. E mesmo estando em final de vigência do contrato com o Banco Mundial, identificamos um saldo, através do qual poderemos atender a demanda do projeto de confecção de Queimadas, o qual fui informado que a senhora, enquanto presidente do CMDRS, está oferecendo resistência ao encaminhamento do mesmo. Motivo pelo qual remeto essa mensagem, com cópia para o senhor Prefeito e também para o presidente da Câmara de Vereadores para que se convoque uma reunião do conselho para tratar do assunto, o mais brevemente possível, sob pena de perderemos a oportunidade de concluir a obra, evitando que a mesma se torne inacabada, com prejuízo para toda a sociedade”, explica o gestor do Cooperar através de documento oficial que teve cópia enviada ao prefeito da cidade, Jacó Moreira Maciel; presidente da Camara Municipal, Luciano do Rego Leal; e o deputado Doda de Tião.

style=mso-bidi-font-family: arial=>Com as explicações pessoais do gestor do Cooperar durante a reunião, a atividade começou a soar com um clima de disputa já que estavam presentes as trabalhadoras e representações do empreendimento de confecção. A reunião tomou o rumo de amplas discussões e ao longo dos trabalhos foi feito a votação, ficando de fora o ‘Projeto produtivo coletivo têxtil’, passando na votação diversos projetos com aplicação dos recursos para ações no meio rural daquele município. style=mso-spacerun: yes=>  “Hoje a reunião foi um pouco conturbada, mas foi colocado as ponderações para a assembléia e os conselheiros entenderam que esses recursos existentes sejam usados e dado prioridade nas comunidades rurais como foi decidido que é a finalidade do Conselho de Desenvolvimento Rural”, explica o presidente da Associação dos Agricultores e Agricultoras da Comunidade Malhada Grande, Paulo Sérgio Alves, acrescentando ter entendido que o Cooperar tentou interferir na condução do processo que, pela proposta, não traria benefícios para o setor rural queimadense. “Eu acho que o Cooperar, as vezes, por conhecer a realidade local, quer influenciar de alguma forma determinados projetos e eu acho que a comunidade, os sócios nas comunidades, as associações sabem as necessidades, as potencialidades e acho que tem que haver mais diálogo e comunicação nesse sentido”, argumenta Alves.

style=mso-bidi-font-family: arial=>Antônio França Silva é líder comunitário na comunidade urbana de Queimadas, representante do empreendimento e, ao dialogar com Stúdio Rural, disse que como líder comunitário que tem batalhado pela comunidade buscando fontes para o desenvolvimento ficou constrangido, muito embora já esperava as colocações do Conselho porque ultimamente a agremiação não tem conseguido verbas através do Cooperar, dentre outras instituições e atribui ao fato do grupo componente do CMDRS só vislumbrarem o Cooperar. “É que eles não entenderam bem que o primeiro recursos que a entidade(confecção) conseguiu é um edital, e pra quem não sabe o que é o edital é uma coisa que você se inscreve, não precisa de credenciamento do conselho e eles achavam que a entidade pra participar desse style=mso-spacerun: yes=>  edital precisaria ter o conhecimento do conselho que não é fácil, mas depois da gente concluir a obra que está com tudo pronto com 90% da obra pronta, a gente precisa de um complemento, porque o recurso passou três anos pra sair, e o governo do estado na época se comprometeu que arranjaria uma forma de sair esse recurso para que a gente complementasse a obra e a gente fizesse a obra. De fato a gente fez a obra, o recurso é pra complementação é um recurso pequeno a nível de governo do estado e a nível do que vai ser gerado dentro do município como empresa que, no caso 85 empregos imediatos. E o valor era R$ 109 mil reais com abertura de até 10 que é o teto máximo que o cooperar tem hoje de um saldo do ano que passou, não é recurso que o Cooperar tinha, esse é o saldo de sobras de licitações passadas em que a gente se enquadrou nessa mesma situação em que com a nossa licitação também a gente teve que devolver saldo da licitação, então o governo no final do ano sai fazendo um apanhado e pegando aquilo que não foi gasto. Então o Cooperar conseguiu um saldo de R$ 150 mil reais e a gente estava solicitando só cento e nove e um quebrado que não chega nem a R$ 110 mil, então por conta disso, hoje eu estou arrasado, entre parênteses, e ao mesmo tempo feliz porque a gente vê até aonde a inveja, a ganância, a não compreensão, o ataque partidário, o ataque político, a incompetência de alguns que não é todos, porque tem pessoas que acham que é obrigado viver só de migalha, esperar que o Cooperar venha aqui dizer que é isso ou aquilo e não é, acho que o presidente de associação tem que sentar, arregaçar as mangas e ir buscar independente de onde seja a fonte”, explica ao dialogar com nosso público ouvinte.

style=mso-bidi-font-family: arial=>Gilmar Aragão é secretário adjunto da agricultura daquele município, participou do encontro e do Programa Domingo Rural e Universo Rural falando sobre as atividades e debates comentando ter sido um espaço com lição de democracia, mostrando que o conselho é autônomo em suas decisões dentro das dinâmicas organizacionais das associações de agricultores objetivando o desenvolvimento rural sustentável no município com direcionamento de políticas públicas para a geração de trabalho e renda no meio rural e diz que na votação o movimento demonstrou muita maturidade política de suas atribuições. “Acredito que sim, tem que ser respeitado as decisões do conselho, o conselho decidiu e tem autonomia pra isso, não é a presidente, não é a diretoria, não é qualquer uma das entidades, mas sim a vontade do conselho que deve ser respeitada, eu acredito que seja pra qualquer gestor do poder público municipal, federal, estadual deve ser respeitada decisão do conselho e o conselho disse claramente que as associações querem recursos sim para o desenvolvimento rural sustentável e que venha recurso para o município para essas outras entidades de outra forma”, explica enfatizando o papel exercido pelas representações da agricultura familiar daquele município.

style=mso-bidi-font-family: arial=>Maria Anunciada Flor Barbosa Morais é diretora presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Queimadas e, ao dialogar com Stúdio Rural, avaliou como mais uma ação positiva do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural de Queimadas que demonstrou autonomia e segurança e suas decisões que já vêm trabalhando as ações do Cooperar dentro daquele conselho com certa frustração já que a aproximadamente há dez anos aquele município não tinha conseguido aprovar um só projeto para o desenvolvimento da agricultura daquele município junto ao Cooperar e garantiu que o Cooperar quando veio ao município nesta edição não veio com recursos destinados dentro de suas atribuições e disse que a forma proposta foi bem pouco democrática por parte daquele órgão do governo do estado. “O Conselho entende que existiu uma imposição quando diz: está o projeto Rota da Confecção, está vindo um recurso de R$ 150 mil reais para complementar e finalizar esse projeto para que mesmo fique apto a ser trabalhado no município pelas famílias, a ser inaugurado, digamos assim, mas porque não dizer: temos R$ 150 mil reais que está disponível ao município de Queimadas, então o conselho decida agora quais as prioridades que vão ser beneficiadas com esses recursos”, explica aquela liderança exemplificando que a proposta do governo paraibano foi impositiva com práticas verticais que foram freadas pela decisão políticas dos componentes do CMDRS.

style=mso-bidi-font-family: arial=>Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural

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