Diretor sindical diz que Boqueirão tem realidade complicada por seca e falta de ação do governo

O município de Boqueirão vem enfrentando muitas dificuldades o que vem fazendo com que a vida no campo comece a ficar inviável com diminuição do rebanho, extinção das sementes para o plantio no próximo inverno tudo por falta de ação do governo que possa estruturar a pequena propriedade na dinâmica de convivência com a realidade semiárida.

A afirmativa é do diretor do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Boqueirão, Antônio Venâncio Negreiro(foto), ao dialogar com Stúdio Rural e falar de forma direta com os ouvintes da Rádio Serrana de Araruna e Rádio Bonsucesso de Pombal através do Programa Domingo Rural e Programa Universo Rural onde aquela liderança faz verdadeiro desabafo em favor de uma classe que atua numa atividade de risco que é a agricultura e a pecuária. “Um dos pontos que mais está me deixando preocupado é que as nossas sementes naturais que a gente tinha aqui para se plantar todo ano estão desaparecendo com essas secas, os agricultores já tinham poucas sementes, em 2012 plantaram e perderam como eu já fui à procura de agricultores que informaram que perderam e aí vem essa preocupação porque a gente precisa dessa semente que a gente conhece e a cada dia essa semente nativa de nossa região está desaparecendo”, explica dizendo que espera um trabalho no processo de produção dessas sementes para que sejam utilizadas nos próximos invernos locais e garante que tudo o que está acontecendo já é algo bastante previsível, o que prova que está faltando mais pressão por parte da sociedade sobre os governos em busca de ações realmente sustentáveis. “Eu acho que nós do movimento precisamos nos reunir mais e cobrar de nossos representantes que se dediquem mais a investir em armazenamento de água, essa seca não é surpresa pra nós a história das secas do nosso Nordeste é antiga. Agora eu vejo que o que falta é interesse de nossos gestores públicos em continuar aqueles trabalhos que começaram quando foram nos primeiros açudes que foram feitos em nossa região a exemplo do Epitácio Pessoa, em Boqueirão, que ficou resumidos só nesses açudes e não investiram quase mais em obras de recursos hídricos”.

Negreiros criticou o programa de ração que deveria ser subsidiada ao pecuarista por parte do Governo do Estado e Federal, argumentando a distância para buscar a ração é inviável na relação custo benefício para o produtor. “É muita dificuldade, principalmente a gente exemplifica a Conab, surgiu a notícia de que o agricultor podia, só que muitos foram lá e não conseguiram comprar, várias pessoas tirando de carrada e aqueles pequenos agricultores muitas vezes não conseguiram ser beneficiados ”, explica dizendo que isso tem feito com que os agricultores pecuaristas de toda a região tenham procurado a feira de gado de Campina Grande e vendido seus rebanhos desfalcando os planteis para as próximas invernadas em conseqüência do grau de empobrecimento pelo qual passa os empreendedores deste segmento.

Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural

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