No último domingo 20 de maio o Programa Domingo Rural da Rádio Serrana de Araruna AM 590 kHz apresentou as ações desenvolvidas por entidades diversas que participaram do I Seminário sobre Mudanças Climáticas: Desafios e Oportunidades para a agricultura familiar e que aconteceu nos dias 17 e 18 deste mês no Convento Ipuarana, na cidade de Lagoa Seca, Brejo paraibano.

Domingo Rural entrevistou o presidente do Projeto Dom Helder Câmara, Espedito Rufino; pesquisador da Embrapa Algodão, Manoel Francisco; representante do Centro Sabiá, Alexandre Henrique Bezerra Pires e o representante da Diaconia, Alexandre Botelho que falaram sobre a importância do evento e sobre as ações e tecnologias à serem trabalhadas pelas famílias de agricultores de forma sustentável.

Para o diretor do Centro Sabiá, espedito Rufino, o evento teve o caráter de chamar a atenção das entidades para a continuação de ações educativas para os novos desafios à serem enfrentados com relação ao aquecimento global dentre outros. “Somos promotor deste evento junto com outras instituições, parte das obrigações do Projeto de criar na sociedade sobre esta questão ambiental e a gravidade da situação ambiental hoje e promover junto com as universidades, com ONGs e sobretudo com agricultores e agricultoras produzirem referências de sistema produtivos no semi-árido que são sustentáveis e que são capazes de absorver carbono e contribuir com as mudanças climáticas no sentido positivo de minorar o agravamento do efeito-estufa, do aquecimento, das secas que podemos enfrentar maiores ainda do que enfrentamos, de forma que a gente enquanto setor público, programas de governo junto com instituições internacionais como o Projeto Dom Helder Câmara junto com as Nações Unidas levar a sociedade à se posicionar mas sobretudo a se submeter com essas mudanças para que o futuro da humanidade possa ser menos grave se está dizendo aí”, justifica espedito em parte de seu diálogo com os ouvintes 590kHz.

“No início do Seminário eu fiz uma colocação no seguinte sentido, de que a questão e a preocupação sobre as mudanças climáticas não é algo que está acontecendo recentemente, embora, a mídia, a grande mídia, as televisões e os jornais tenham pautado isso mais recentemente, pra nós do movimento agroecológico, da defesa da agricultura familiar, nós temos clareza de que agricultores e agricultoras, instituições e movimentos sociais vêm, há décadas, há 30, 40 anos, 10 anos, 15 anos, discutindo e montando estratégias, experiências, alternativas de convivência com o ambiente e de preservação ambiental. Então esse debate não é um debate novo”, argumentou o representante do Centro Sabiá, Alexandre Henrique Bezerra Pires, evidenciando que a luta já vem em desenvolvimento por parte das entidades de agricultores e agricultoras familiares.

Na opinião do pesquisador da Embrapa Algodão, Manoel Francisco, a Empresa está sempre presente nos eventos que discutam as formas de se produzir sustentavelmente, argumentando os trabalhos com agricultura orgânica desenvolvidos pela Embrapa no Assentamento Queimadas onde dezenas de famílias de agricultores desenvolvem plantio de algodão de forma orgânica num sistema de cultivo diversificado que pensa a saúde da família, do consumidor e do meio ambiente. “A gente tem feito um trabalho com a agricultura familiar juntamente com Melchior, Marenilson e outros colegas da Embrapa Algodão e, a participação nossa num evento como esse, de envergadura como essa, a gente enquanto Embrapa Algodão sai fortalecido para os próximos projetos para a agricultura familiar dentro de nossa concepção de pesquisas e acho que a partir de um Seminário como esse a gente tem uma visão e perspectiva diferente para atuar junto a agricultura familiar de base ecológica”, argumentou Francisco ao contatar com os ouvintes Domingo Rural.

Já para o representante da Diaconia e facilitador no evento, Alexandre Botelho, o que mais o chamou a atenção no evento foi a capacidade dos participantes em perceber o quanto que na agricultura familiar já vem sendo feito ações e iniciativas na perspectiva do respeito ao meio ambiente, da integração das pessoas por um planeta mais saudável, argumentando para o fato de que as conclusões do Seminário apontam para a necessidade de se continuar discutindo estes problemas e se articulando ao redor do tema buscando encontrar resposta claras de como se produzir alimento sem causar impactos negativos ao meio ambiente

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Fonte Stúdio Rural / Programa Domingo Rural