Emater-PB realiza Dia de Campo sobre transição agroecológica e convivência com a seca

A Emater-PB realizou um Dia de Campo evidenciando a transição agroecológica no processo de convivência com o semiárido em evento que aconteceu na última quinta-feira, 25 de abril, na comunidade Bodopitá, município de Queimadas.

Dividido em quatro estações, o evento aconteceu na propriedade do agricultor Manoel Pereira Filho, Didiu, e evidenciou as políticas públicas na agricultura familiar a exemplo das linhas do Pronaf, PAA, PNAE, distribuição da ração animal, Programa da Palma Resistente a Cochonilha do Carmim; práticas de produção de ração por hidroponia do milho; importância das culturas nativas e adaptáveis enquanto importante suporte na alimentação da pecuária além das discussões sobre turismo rural enquanto implemento na geração do trabalho e renda no meio rural.

O tema foi evidenciado no Programa Universo Rural da última quinta-feira(25/04) e no Programa Domingo Rural deste domingo a partir de entrevistas com o técnico da Emater, Tarcísio da Costa Ramos, falando sobre hidroponia do milho(Clique e leia); entrevista com o agricultor proprietário da unidade produtiva, Manoel Pereira Filho, Didiu; com o assessor técnico Manoel Gomes de Oliveira que na quinta-feira falou sobre a importância das culturas nativas na alimentação do rebanho e entrevista com assessor técnico da Emater regional Campina Grande, José Sales Alves Wanderlei Júnior.

Manoel Pereira Filho, Didiu, ao dialogar com Stúdio Rural falou sobre as ações desenvolvidas por ele na pequena propriedade com fruticultura dentre outros trabalhos além das práticas desenvolvidas pela Emater com o processo de culturas e cultivos destinados a alimentação do rebanho dentre outras. “Eu acho que um grande passo que a Emater deu aqui foi que muitas vezes quando o cidadão chega em um certo setor diz: eu tenho água, mas minha água é salgada, até parece que a água salgada não dá nada, mas dá. A prova está aqui em que a hidroponia foi feita com água salgada. Pra mim foi um desafio junto com os técnicos que desafiei porque sou desafiador para quando a gente quer ver o que realmente vai acontecer e o desafio foi feito e graças á Deus e a natureza colaborou muito e os técnicos estiveram juntos fazendo aquilo que a gente queria fazer e fez e está aí a prova, os agricultores estão aí conhecendo que realmente não é só por ter água salgada que a não pode ter as coisas. Com água salgada pode se ter muitas coisas e ter bom aproveitamento mesmo com água salgada”.

O coordenador da Emater Regional Campina Grande, José Sales Alves Wanderlei Júnior, o dia de campo está dentro dos serviços continuados de ATER que é a chamada pública entre a Emater com o Ministério do Desenvolvimento Agrário que, em Queimadas está beneficiando 180 famílias assessoradas de forma direta com atividades diversas destinadas ao processo de convivência no semiárido com atividades continuadas com diagnóstico da unidade familiar, visitas individuais, reuniões coletivas, dias de campo e principalmente inserção das famílias programas das políticas públicas da agricultura familiar. “O montante que a Emater recebeu é um recurso de mais de R$ 3 milhões de reais pra ser investido nos 22 municípios e muito maior do que esse recurso é a mobilização que a empresa consegue fazer junto a essas famílias junto com as políticas públicas e os programas sociais a exemplo do Garantia Safra, do próprio Bolsa Estiagem, políticas de crédito, distribuição de sementes, palma forrageira, programa do leite, existe um dado interesse que acabou de ser sistematizado e está saindo aí quentinho nos relatórios da empresa que no ano de 2012 a Emater mobilizou, em termos de recursos na Paraíba, mais de R$ 244 milhões de reais transitando em programas e políticas públicas e ações práticas realizadas, recurso esse injetado em desenvolvimento e foram atendidas mais de 189 mil famílias no estado da Paraíba”, explica Júnior.

Manoel Gomes de Oliveira é assessor técnico da Emater e, ao falar com Stúdio Rural, evidenciou as ações trabalhadas no dia de campo e sobre as informações repassadas por ele destinadas ao processo de desenvolvimento da região a partir das culturas nativas. “Nós mostramos a importância da vegetação nativa da caatinga para o suporte alimentar para o rebanho na época da seca. A gente está passando numa saca das maiores dos últimos anos e a gente tem visto a quantidade de animais que morreu e a gente tendo esse suporte riquíssimo já que nossa vegetação é muito rica e não está sendo bem aproveitada, muitas vezes porque o produtor não conhece e não sabem da importância dessa vegetação tão rica”, explica falando do papel que a Emater tem desenvolvido em parceria com centros como o INSA, Embrapa dentre outras.

Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural

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