Embrapa apresenta estudo com mostra de técnicas simples para melhoramento da produção de caprinos no Semiárido

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em Petrolina (PE), está apresentando estudo em que pequenas mudanças de práticas na criação de caprinos podem apresentar bons resultados para os produtores do sertão do Nordeste.

Segundo a assessora daquela unidade de pesquisas, Fernanda Muniz Bez Birolo, os experimentos estão sendo conduzidos pelo pesquisador da Embrapa Semiárido Tadeu Vinhas Voltolini e pelo médico veterinário Jair Campos Soares, mestrando em Ciência Animal pela Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) com foco do sistema de produção analisado na alimentação e o manejo dos animais. “Tradicionalmente na região, a criação de caprinos é praticada de forma extensiva, com a alimentação baseada exclusivamente na vegetação nativa da Caatinga. Segundo os pesquisadores, esta base alimentar é insuficiente tanto em termos de quantidade quanto de qualidade, e a perda de peso provocada especialmente no período da seca compromete o desempenho reprodutivo das fêmeas e o peso das suas crias”, argumenta Birolo explicando que no sistema de criação proposto na pesquisa, utiliza-se uma combinação da vegetação nativa e reserva de forragens e que na opinião do pesquisador Tadeu Voltolini, na prática estudada quando a cultura vegetal está verde, cria-se o rebanho na Caatinga – sem exceder a quantidade de animais alimentados com essa vegetação –, e quando está seco usa-se outras estratégias para a alimentação, como a palma, o capim bufel, a pornunça, a maniçoba e a melancia forrageira, a maioria sendo conservada na forma de feno e silagem.

Ao dialogar com Stúdio Rural aquela assessora informa que quanto ao manejo dos animais, uma das principais técnicas adotadas é a estação de monta, em que os machos são mantidos separados do rebanho, e colocados junto às fêmeas somente no período programado para a reprodução. “Dessa forma, o nascimento, o desmame e a engorda dos animais podem ser planejados, dando atenção a cada uma dessas atividades – o que representa melhor manejo dos animais em associação com a otimização da mão-de-obra da propriedade”, explica aquela assessora ao se reportar ao estudo.

Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural

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