Encontro identifica entraves e busca organizar produção e entrega de alimentos para o PNAE em Queimadas

Famílias agricultoras e lideranças da secretaria de educação e secretaria de agricultura do município de Queimadas se reuniram para discutir o processo organizativo da produção agrícola para abastecer o PNAE, Programa Nacional de Alimentação Escolar em reunião que aconteceu na última terça-feira(03/02), no Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Queimadas.

O tema foi evidenciado no Programa Domingo Rural deste domingo(05/02) onde agricultores e lideranças falaram sobre os entraves do processo inicial de abastecimento no PNAE que determina participação da agricultura familiar com, no mínimo, 30% de entrega de toda a alimentação no programa e ao mesmo tempo fizeram um balanço do potencial que a agricultura local tem para atender a programas como PAA e PNAE dentre outros.

“É um projeto bom que vai valorizar o produto do agricultor e para os alunos também já que são produtos para o filho do agricultor comer do mesmo produto que o pai está produzindo, então acho que é de muita importância”, argumenta o agricultor Antônio João da Silva, Antônio Tavares, residente no Sítio Catolé acrescentando que famílias daquela comunidade se dedicarão à entrega de galinha e frango caipira e ao mesmo tempo explicando o modelo de criação desenvolvido pela comunidade enquanto justificativa de qualidade do produto.

Emerson Wallace Campos é agricultor no município e componente da secretaria de agricultura daquele município e, ao participar de Domingo Rural, falou sobre o trabalho que vem sendo feito para atender o programa com entrega de produtos neste ano agrícola e letivo e garante que organizar a agricultura no município para atender o PNAE não é tarefa fácil nesta fase inicial, mas que entidades, governo e famílias agricultoras estarão sintonizadas para cumprir metas para o programa governamental que tem fundamental importância para a economia e cultura do município. “Principalmente Queimadas que existe pouca irrigação, depende de inverno pra se produzir as culturas de sequeiro, mas temos o frango, nós temos o ovo, nós temos o queijo, o bolo e tudo isso a gente vai tentar inserir agora e mais na frente, com a questão do inverno, quando Deus mandar chuva e que nós tivermos uma boa colheita iremos inserir outros produtos”.

Antônio Venâncio Negreiros é diretor do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Boqueirão e da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado da Paraíba(FETAG), participou da reunião e do Programa Domingo Rural falando sobre o trabalho que está se desenhando em todo o estado numa perspectiva de crescimento participativo da agricultura familiar com entrega crescente de produtos de forma gradativa. “Estou participando de uma reunião importante onde está se discutindo sobre o PNAE, a gente encontra dificuldades porque o trabalhador vinha trabalhando de uma forma que não tinha essa expectativa de poder participar desses programas, e hoje a gente está encontrando algumas dificuldades, mas já temos exemplo, por exemplo em Boqueirão em que nós já temos um grupo de agricultores participando na venda do frango pela Conab e eles estão muito bem satisfeitos e a cada dia mais aumentando o interesse das pessoas produzirem, então acho que esse é o caminho do agricultor permanecer lá no campo, gerando sua renda na sua própria comunidade e não estar, muitas vezes, mendigando numa prefeitura atrás de um empreguinho pra ganhar um salário mínimo que não dar para uma pessoa se alimentar bem com a família hoje e enquanto isso ele pode produzir uma alimentação de qualidade para a família dele e também fornecer para os consumidores”.

Angineide Pereira de Macedo Valetim é agricultora residente na comunidade Bodopitá, diretora do Sindicato dos Trabalhadores de Queimadas, participou do Programa Domingo Rural e falou sobre os desafios a serem trabalhados por aquela direção sindical, em parceria com as famílias agricultores através de suas entidades e governo local e garante que com organização será possível fazer oferta inicial dos 30% iniciais e acredita que com o tempo essa meta será superada com oferta de produtos qualificados para alimentação do programa local. “No município já tem algum tempo em que a gente trabalha com o PAA, mas é ainda é um grupo muito pequeno e quando a gente acessa esse mercado a gente não quer sair mais é um mercado que nos traz garantias de preços, de vendas de produção, então a gente pode produzir que tem a quem vender”, explica aquela agricultora.

Fonte : Stúdio Rural / Programa Domingo Rural

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