Encontro Nacional de Agroecologia acontece em Juazeiro-BA e é destaque no Domingo Rural

O Encontro Nacional de Agroecologia(ENA) que acontece de 16 a 19 de maio na cidade de Juazeiro-BA e o encontro paraibano preparatório ao nacional foram temas trabalhados no Programa Domingo Rural do último domingo(11/05) a partir de entrevistas com lideranças de ONGs e agricultores experimentadores paraibanos que participarão do encontro na cidade baiana.

Luciano Marçal da Silveira é componente da ONG paraibana AS-PTA, participou de Domingo Rural falando sobre as discussões trabalhadas no encontro paraibano que aconteceu no último dia 07, em Lagoa Seca, e sobre o objetivo do encontro nacional a partir das temáticas das organizações nacionais que serão apresentadas e das dinâmicas agroecológicas paraibanas que, igualmente, serão apresentadas no encontro nacional de agroecologia que está em sua terceira edição. style=mso-spacerun: yes>  “Um dos objetivos desse encontro é preparar a delegação da Paraíba pra ir para o terceiro encontro nacional de agroecologia, é importante dizer da importância desse encontro a nível nacional, porque nós esperamos nesse encontro reunir aproximadamente 2 mil participantes, sendo 70% desse público de agricultores e agricultoras e ao mesmo tempo é um momento fundamental na nossa trajetória de construção da agroecologia, não como uma técnica, uma prática de produção somente, mas agroecologia enquanto um modelo de desenvolvimento para a agricultura, em particular para fortalecer o modelo de desenvolvimento da agricultura que tenha a agricultura camponesa familiar como a base da produção de alimentos desse país. Então é um desafio muito grande para a gente preparar a delegação do estado, assim como outros estados vêm mobilizando suas delegações, fazendo eventos nos seus estados, caravanas pra debater ao mesmo tempo a agroecologia como modelo de desenvolvimento, mas também os estados estão fazendo um debate que será ponto de discussão no ENA que é a disputa dos territórios em que cada território onde a gente tem uma presença da agricultura familiar sabe que ele vive um conflito permanente com a forma de expansão do modo de produção mais empresaria, monocultor e da grande propriedade em que muitas vezes dizem que é possível conviver entre esses dois modelos, mas a gente sabe que há uma contradição muito grande entre o modo de produção camponês agroecológico e lógica de produção mais convencional da agricultura empresarial ligada a sistemas dependentes de insumos”, explica dizendo que essa cadeia de temas será trabalhada no III ENA.

Luiz Pereira de Sousa é agricultor residente na comunidade Salgado de Solânea, participou do encontro preparatório e do Programa Domingo Rural falando sobre como será sua participação no encontro nacional e as experiências e vivências trabalhadas em seu sítio, associadas, ao conjunto das ações paraibanas que serão levadas a Juazeiro darão importante contribuição como referência de sustentabilidade para a construção e ou afirmação da viabilidade de uma agricultura com produtividade e inclusão social. “A vai estar viajando e diz 16 a gente vai estar já lá na Bahia, e nós vamos discutir o trabalho da nossa agricultura familiar, o trabalho agroecológico que nós temos no Polo Sindical da Borborema”, explica aquela liderança assegurando que o Polo somará fortemente junto aos diversos polos do estado.

Maria do Socorro Gouveia é representante do Auto Sertão paraibano, participou das discussões preparatórias das entidades paraibanas e garante que a Bahia sediará um grande momento nas discussões de uma agricultura familiar sustentável para um novo tempo. “O tema desse ano do ENA: cuidar da terra, alimentar a saúde, cultivar o futuro é muito importante porque o cuidar da terra está ficando muito aquém com o grande uso do agrotóxico, do químico onde hoje até os pequenos usam para matar o mato ao invés de limpar com a enxada que estaria zelando o meio ambiente, então esse tema traz uma reflexão muito importante para esse processo de agroecologia que a ASA trabalha, então a gente vai levando essas experiências das comunidades rurais, dos agricultores que estão aí permeando em meio a esses grandes investimentos do agronegócio como está presente pertinho da gente onde tem a Santana Sementes, tem Pierre que usam, principalmente a Santana usa um grande potencial químico e produz em grande escala até pra vender ao governo como é o sorgo, o milho e ao a gente vai com as experiências da gente”, explica em clima de entusiasmo.

Já Irenaldo Pereira de Araújo é componente da organização Propac que tem sede na cidade de Patos, Médio Sertão, participou do encontro e do Programa Domingo Rural falando sobre a forma de participação que as entidades e agricultores daquela área sertaneja estarão apresentado em Juazeiro-BA. “O que a gente traz pra cá é justamente aquelas preocupações que nos acompanham no dia a dia do trabalho. Como estamos discutindo aqui no encontro em preparação como pela manhã a gente discutia a questão daquilo que vem ameaçando, digamos assim, todo um trabalho montado para a questão da agroecologia e é interesse perceber que não se pode discutir agroecologia apenas como uma técnica, mas a gente tem que inserir essa discussão a partir das questões dos territórios camponeses, a partir da agricultura familiar campesina e eu creio que quando a gente puxa essa discussão a gente percebe os desafios bem presentes, principalmente quando se trata da ocupação de territórios pelas grandes empresas expulsando assim os agricultores familiares. A gente percebe que essas formas de ocupação se dar de várias formas, desde a partir do agronegócio, como também por empresas mineradoras, como também até por empresas de energia eólica, tudo aquilo que favorece a expulsão dos agricultores e agricultoras, então isso vem prejudicar e atrasar o trabalho da agricultura camponesa”.

Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural

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