Entidades da Borborema realizam plenária regional de Segurança Alimentar

Entidades sociais e governamentais participaram da Plenária Regional Preparatória para a II Conferência Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional. O evento, coordenado pelo Conselho de Segurança Alimentar da Paraíba (CONSEA/PB), aconteceu na última quinta-feira(12) no auditório da FIEP, em Campina Grande e contou com a participação de representantes de Governos e de organizações da sociedade civil de mais de 64 municípios paraibanos.

A equipe Stúdio Rural compareceu ao local, entrevistou o superintendente da CONAB-PB e presidente do CONSEA, Marçal José Cavalcante Silva; a coordenadora do Fórum de Entidades junto ao CONSEA, Mareilena Nascimento Melo e o gerente da Embrapa Transferência de Tecnologia, escritório de Campina Grande, Heleno Alves de Freitas, que falaram para os ouvintes do Programa Domingo Rural, evidenciando a importância e objetivos do evento.

Para o superintendente da CONAB-PB e presidente do CONSEA, Marçal José Cavalcante Silva, o evento é de fundamental importância para a construção de políticas públicas voltadas para a sustentabilidade de cada região do país, especialmente as microrregiões paraibanas. Ele informou que já foram realizadas conferências com as comunidades indígenas da cidade de marcação; comunidades negras, em João Pessoa; conferência regional em Cajazeiras, compreendendo em torno de 50 municípios do Alto Sertão; Campina Grande com cerca de 75 municípios, que no próximo dia 17 será a vez da regional de João Pessoa envolvendo cerca 56 município do Litoral Sul, Litoral Norte e Várzea paraibana e dia 19 encerrando a etapa preparatória na cidade de Patos com 55 municípios do Vale das Espinharas e Vale do Piancó. Ele falou sobre o desafio de das entidades em apresentar propostas para a construção do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional dentro da Conferência Nacional que acontecerá em Fortaleza-CE no mês de julho deste ano.

Entrevistada pelo Programa Domingo Rural da Rádio Serrana de Araruna, a coordenadora do Fórum de Entidades junto ao CONSEA, Marelena Nascimento Melo, falou do papel dos delegados que participarão com propostas dentro da II Conferência Estadual e ao mesmo tempo aproveitou para criticar a ausência dos prefeitos e prefeitas da região que, na opinião da liderança, não estão sensibilizados a cerca da importância de se debater políticas públicas de forma democráticas. Ela disse que a agricultura familiar será o principal segmento a ganhar com os programas de políticas desenvolvidos pelos governos e sociedade. “Na realidade eu acho que esse processo que a gente está vivenciando no Brasil é o fortalecimento da agricultura familiar enquanto segmento importante para a geração de alimentos. Indica que há um reconhecimento e que a agricultura familiar de fato produz alimento e abastece tanto a própria família agricultora, também as pessoas que moram na cidade e, isto significa que os atuais programas voltados para a agricultura familiar precisa ser fortalecido e ampliado no sentido de que a gente aumente a nossa capacidade de produção de alimentos saudáveis, alimentos agroecológicos. Por outro lado na medida em que a população tem alimentos saudáveis, coloca-se a importância de que aquelas famílias que estão em situação de exclusão social passe a ter acesso a alimentos a partir de programas como por exemplo o bolsa família e de programas que façam com que essas pessoas possam sair da situação de exclusão social, de fome, de insegurança alimentar e possam com outros programas começar a ter possibilidade de ter geração de renda e possam também enquanto cidadão e cidadã não mais precisar de um programa da ordem do bolsa família”, argumentou Nascimento.

Na opinião do gerente de negócios da Embrapa Transferência de Tecnologias, escritório de Campina Grande, Heleno Alves de Freitas, a sociedade civil e os setores governamentais precisam entender a importância de se garantir segurança alimentar e a promoção social, promovendo os setores excluídos para que alcancem os índices de dignidade cidadã, momento em que falou sobre a participação da Embrapa com suas tecnologias, produtos e serviços, citando como exemplo a geração e distribuição de sementes em parceria com as famílias de agricultores, capacitando-as para que tenham seus bancos de sementes e estruturas apropriadas nas propriedades.

Os entrevistados foram unânimes em criticar a pouca participação dos representantes do poder público municipal chamando a atenção da sociedade civil para que cobrem mais de seus prefeitos e prefeitas na busca de políticas públicas capazes de promover qualidade de vida para a população.

Fonte : Stúdio Rural / Programa Domingo Rural

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