Entidades e famílias agricultoras participam de seminário vivencial no Médio Sertão paraibano

SR300518aFamílias agricultoras de municípios do Médio Sertão paraibano participaram, nesta terça-feira(29), de um intercâmbio de troca de saberes numa ação continuada da Ação Social Diocesana de Patos, através do Programa de Promoção e Ação Comunitária em Patos(Propac) em parceria com outras entidades apoiadas pela Misereor e que apoiam ações da agricultura familiar naquela região sertaneja.

Stúdio Rural entrevistou o assessor das ações, Irenaldo Pereira de Araújo, que explica detalhadamente o evento e as ações que vêm sendo trabalhadas junto aos municípios dentro da dinâmica da ASA-PB de convivência com o semiárido. “Esse intercâmbio é fruto de um trabalho que nós realizamos aqui no Médio Sertão com agricultores familiares camponeses, dentro desta dinâmica de trabalho nós realizamos hoje um seminário vivencial onde nós podemos compartilhar saberes com agricultoras e agricultores vindos de Santana dos Garrotes, Condado, de Cacimbas de Areia, Patos, Várzea, São José do Sabugi, e aí nós nos encontramos em três experiências: uma experiência no Nova Conquista, em Várzea; na comunidade Penedo, em São José do Sabugi; e na Comunidade Brejinho, também em São José do Sabugi. Com essa atividade, cada grupo pôde observar experiência de manejo de solo, manejo de vegetação e manejo hídrico. Na linha de manejo de solo a gente pôde observar uma experiência de Barragem Base Zero construída em parceria com o Insa, através do João Macedo, que desenvolveu um trabalho nesta área do Sabugi que é uma área que tem um processo avançado de desertificação, então esse trabalho é justamente pra reverter essa situação”, explica aquela liderança durante entrevista concedida ao Stúdio Rural. Ele acrescentou que também foram observados sistema de reuso de águas cinzas, produção de silagem e feno, compostagem e criação animal na dinâmica da diversidade da agricultura familiar agroecológica regional.

Irenaldo justificou que os três coletivos do intercâmbio se reuniram, na parte da tarde, no Salão Paroquial, na cidade de Santa Luzia, onde fizeram uma partilha e balanço dos conhecimentos trabalhados nas unidades rurais fazendo um planejamento das possibilidades de se ampliar esses conhecimentos e ações em redes. “Porque na verdade a nossa experiência de produção agroecológica pode ser pequena quando vista isoladamente, mas aí a grandiosidade dessas experiências é o processo de articulação em rede, tanto que as vezes o agricultor diz assim: ‘olha, aqui vocês não vão ver coisas grandes, a coisa grande que tem aqui é a nossa vontade de conviver dignamente aqui no semiárido’ e usam aquela expressão que acho interessante, ‘aqui nós somos vizinhos mesmo à distância’, e você vê que alguém em São José do Sabugi interage com alguém que está lá em Santana dos Garrotes, com mais de 150 quilômetros de distância”, exemplifica Pereira de Araújo.

Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural

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