Governo da Paraíba desfalca agricultura familiar por não dotar secretaria de recursos para o trabalho

O governo do Estado da Paraíba tem a agricultura familiar como um segmento em histórico parcial abandona e a Secretaria da Agricultura Familiar é tida pelo movimento social camponês como o símbolo termômetro de um órgão governamental feito para comportar aliados políticos sem os recursos necessários para o desenvolvimento de suas funções junto ao segmento camponês que mais envolve proprietários e propriedades rurais no Estado.

Durante entrevista na Rádio Stúdio Rural, representantes territoriais têm questionado o fato da secretaria não ter os recursos financeiros para fazer a gestão do desenvolvimento camponês em todo o Estado, fazendo com que os secretários da pasta figurem apenas como mediadores junto a Sedap na tentativa de conseguir ações governamentais para os diversos arranjos e cadeias produtivas.  “Logo que começou a definição da estiagem principal, nós fizemos reuniões com reivindicações, mas lamentavelmente o recurso da Agricultura é quase todo, na totalidade, locado na Sedap, e as políticas públicas defendidas pelo homem do campo da agricultura familiar tem que ser via Secretaria da Agricultura Familiar, e o secretário hoje está com as mãos amarradas sem poder fazer muita coisa por falta de orçamento”, lamenta o diretor do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Barra de Santana, Paulo Medeiros Barreto conclamando os diversos territórios para lutar por mudanças nessa realidade historicamente vivida. “Nós temos que travar uma luta daqui pra frente pra desmembrar o orçamento da Secretaria da Agricultura Familiar, da Sedap, acho que temos que nos dar as mãos todos os territórios, todos os segmentos ligados a agricultura familiar pra poder ter uma secretaria que possa executar as políticas que digam respeito a agricultura familiar”, explica aquela liderança.

As lideranças, especialmente do semiárido paraibano, percebem que a falta de um projeto de políticas públicas do governo paraibano para com a agricultura familiar tem gerado uma legião de famílias empobrecidas ao longo de cada ano safra já que basta iniciar as chuvas para que os gestores insistam em fazer a leitura de que as famílias resgataram seus prejuízos. “A gente vê as limitações da Secretaria da Agricultura Familiar que é muito limitada, no meu entender ela só faz a interlocução por não ter recursos para implementar a ação”, explica o agricultor componente do Território Cariri Oriental, Januário Marinho de Melo, dizendo ser uma prática reprovável no governo que tem que ser urgentemente rechaçada por todos os segmentos da agricultura camponesa. “Não podemos deixar os recursos todos atrelados a Sedap que é uma secretaria que tem um olhar de suas ações mais voltadas para os maiores produtores do Estado, não tem aquele olhar voltado para a agricultura familiar”, protesta aquela liderança ao dialogar com nosso público ouvinte.

Coordenador do Território Cariri Oriental, Krísteny Chaves Leite, explica que a lentidão do governo tem feito com que as políticas, quando cheguem, sejam fora do tempo necessário para minimizar a realidade de perdas na agropecuária e cita como exemplo as promessas feitas pelo governo, pela pasta da Agricultura Familiar, sem resultados satisfatórios e diz acreditar que a falta de recursos naquela secretaria torne a pasta como figurante em apenas interceder junto a Sedap fugindo ao seu real propósito.

Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural

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