Padres brasileiros e estrangeiros visitam área de conflito em município paraibano

Os índios que estão acampados no assentamento Mucatu, em Alhandra, um dia depois de serem despejados pela polícia de dois lotes, que pertenceriam ao coronel da PM, Lima Irmão, receberam a visita de muitos padres brasileiros e estrangeiros que estão participando de um encontro em Campina Grande.

A informação é da assessoria do deputado Frei Anastácio(PT/PB), justificando que entre os religiosos estavam o bispo da Diocese de Nova Iguaçu, da Comissão de Direitos Humanos, no Rio de Janeiro, Dom Luciano Bergamin, e Frei Beda,que desenvolve trabalhos sociais em vários estados brasileiros.

O tema foi evidenciado no Programa Universo Rural da Rádio Bonsucesso de Pombal, nesta quara-feira(01/02) comentando o tema a partir de informações repassadas por aquela assessoria, justificando que Dom Luciano classificou a ação como falta de sensibilidade das autoridades em relação à luta por terra e contra o capitalismo e que é incrível o que está acontecendo no local comentando que diante de tantos lugares, com tanta terra nesse estado e mesmo assim reprimem índios e trabalhadores que estão lutando pela sobrevivência de suas famílias.

Ao dialogar com Stúdio Rural aquela assessoria informou que Frei Anastácio (PT), que está apoiando a luta dos índios e dos assentados, comentou que a comitiva que lotou dois ônibus, foi prestar solidariedade aos tabajaras e aos trabalhadores que foram feridos com balas de borracha durante a operação de despejo realizada pela polícia, na noite da última quinta-feira. “O deputado disse que algumas das cápsulas de balas de borracha de espingarda calibre 12, disparadas durante a operação, foram recolhidas e serão entregues a Ouvidoria Nacional do INCRA, para que as providências jurídicas em relação à operação sejam tomadas”, explica.

Segundo aquela assessoria, os trabalhadores e os índios descobriram que o ex-comandante da PM, coronel Lima Irmão estaria vendendo dois lotes, que ele adquiriu no assentamento, para a Cerâmica Elizabeth, que está planejando implantar uma fábrica de cimento no local. “Ao terem informação da transação de possível venda, os trabalhadores e índios realizaram a ocupação do local, no dia 26/01, já que os lotes estariam nas mãos do coronel, de forma ilegal, segundo eles, sem nenhum registro no INCRA”, explica acrescentando que o parlamentar disse que essa é mais uma ação conjunta, entre trabalhadores e índios, contra a implantação da fábrica de cimento na grande Mucatu,uma área de assentamentos da reforma agrária, que atinge os municípios de Conde,Alhandra e Pitimbu, no litoral sul da Paraíba.

Fonte : Stúdio Rural / Programa Universo Rural

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