Plantadores de batatinha da Borborema participam de oficina sobre produção de biofertilizantes

Agricultores e agricultoras da região da Borborema que estão incluindo a batatinha no novo sistema de produção agroecológica estão participando de oficinas sobre o processo de fabricação dos biofertilizantes, produtos que são utilizados na agricultura orgânica em municípios diversos como forma de proporcionar possibilidades de colheita dos produtos agrícolas diversos sem uso de produtos químicos que causem impactos negativos a saúde do ser humano e ao meio ambiente.

São agricultores e agricultoras nos municípios de Remígio, Esperança, Lagoa de Roça, Areia, Montadas, Alagoa Nova e Lagoa Seca que já trabalharam, no passado, o plantio de batatinha nos sistemas convencionais e que agora se propõem em fazer um trabalho agroecológico com a cultura na lógica de diversificação de cultivos e culturas que já vem sendo desenvolvidos com acompanhamentos das entidades do Pólo da Borborema com o apoio de diversas entidades parceiras de governos.

Um dos encontros de realização das oficinas nos municípios aconteceu na última sexta-feira(12/08), no Sítio Camucá de Lagoa de Roça, Brejo da Paraíba, na unidade produtiva do agricultor Tarcisio de Tárcio Vieira, que, junto a mais 11 famílias agricultoras, está em pleno desenvolvimento da cultura da batatinha agroecológica, experiência de produção que acontece em 12 unidades produtivas numa ação parceira das entidades do Pólo da Borborema, Embrapa Transferência de Tecnologias, Embrapa Algodão, BNB, Governo da Paraíba dentre outras.

Programa Domingo Rural deste domingo evidenciou o trabalho que vem sendo feito e o encontro acontecido na última sexta-feira, entrevistou agricultores e técnicos que falaram sobre os resultados que estão sendo alcançados, as forma de se fazer os produtos naturais a serem aplicados na cultura dentre outras informações que contribuam no processo sustentável da agricultura de toda a região.

Ailton Guilherme Dias é secretário do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Lagoa de Roça e, ao participar do programa, disse que o município conta com plantio da cultura em 12 unidades produtivas como forma de continuar experimentando a cultura de forma que possa ir ampliando a cada ano tomando como base os resultados gerais alcançados a cada safra. “Os agricultores já estão muito animados, você vê, você está vivenciando e vendo a animação deles aqui nessa oficina e nisso a gente espera que eles cada vez mais fiquem animados e, como já citei, para o ano estejam mais animados e que aumentem o tamanho da propriedade”, explica aquela liderança sindical.

Tarcísio de Tárcio Vieira(foto direita), é agricultor, recepcionou agricultores e técnicos da AS-PTA e disse que já representa mais um agricultor que antes trabalhou o processo tradicional e que com o trabalho educativo das entidades  do Pólo, vem desenvolvendo agroecologia na propriedade rural e tem expectativa de recuperar as deficiências de solos ainda contidas em razão das práticas devastadoras desenvolvidas no passado não muito distante e aproveitou para falar sobre os materiais e resultados práticos que foram apresentados na oficina. “Primeiro coloquei esterco de gado verde onde a vaca bota a noite e a gente apanha no outro dia porque quanto mais verde melhor, depois do esterco a gente colocou 2 quilos de rama de bata, pó de pedra, 2 litros de leite, cinza, rama de mandioca e mata pasto”, exemplifica aquele agricultor ao dialogar com os ouvintes Domingo Rural e disse que vai intensificar o trabalho com agroecologia porque viveu problemas de doenças na família causados pelo uso de agroquímicos e agrotóxicos diversos. “Causou muitos problemas até pra família, pra mim mesmo hoje eu sou hipertenso e eu digo que foi o veneno que eu usei muito e que foi muito prejudicial a saúde tanto minha como de minha família e hoje eu quero distância”.

João Macedo Moreira é agrônomo da AS-PTA e falou aos ouvintes sobre as oficinas que estão acontecendo nos sete municípios que estão plantando a cultura da batatinha, garantindo que as várias unidades produtivas estão produzindo e dividindo produtos naturais para o uso no processo produtivo da cultura da batatinha, que houve uma primeira oficina em cada município para a preparação dos biofertilizantes com usos e misturas de culturas e produtos diversos numa composição ampla diluída em água e que naquela sexta-feira os agricultores compareceram para coar e dividir o produto biológico entre as famílias produtoras da batatinha agroecológica. “A calda que é o processo do resultado da fermentação que ocorreu durante esses 28 dias, agora essa calda ela é coada pra justamente evitar entupimento no bico do pulverizador, ela diluída em mais 18 litros de água, são 2 litros do biofertilizante em 18 litros de água para um pulverizador de 20 litros , e nessa diluição aí você aplica na batatinha em intervalos de cada 8, 10 dias onde você repete novamente, isso dá uma condição de nutrição na planta muito bom e a pessoa que está trabalhando com esse produto não vai está se contaminando, está fazendo com que sua lavoura cada vez mais prospere e tenha uma condição nutricional boa e com isso aumentando sua produtividade”, explica Macedo Moreira que falou sobre as práticas adicionais de combate as possíveis doenças e ou pragas na cultura.

Fonte : Stúdio Rural / Programa Domingo Rural

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