Objetivando encontrar alternativas urgentes no processo de convivência com a praga da Cochonilha do Carmim que vem aterrorizando a pecuária das principais bacias leiteiras do Estado da Paraíba é que a direção do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Barra de Santana em parceria com representações da Emater-PB, prefeituras e Banco do Nordeste estiveram participando de um intercâmbio em municípios produtores de variedades de palmas forrageiras do semiárido da Bahia que não são atacadas pela praga.

Da viajem participaram o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Barra de Santana, Paulo Medeiros Barreto(foto); vice-prefeito da cidade de Soledade, José Bento Leite; técnico extesionista da Emater de Gurjão, Cícero Romero Callou Bezerra e o produtor rural e pecuarista do município de Soledade, José Januário que visitaram áreas produtivas.

Para o sindicalista Paulo Medeiros Barreto a viajem pode mostrar pontos importantes para as lideranças paraibanas que puderam perceber a realidade local baiana onde se produz as variedades de palmas numa região com vegetação semelhante a toda a realidade do semiárido caririzeiro paraibano, solo e clima da região dentre outras qualidades encontradas que apontam para a capacidade de produção e produtividade dos palmais. “A região é igual a nosso, o clima é igual ao nosso, a vegetação é igual a nossa e a palma desenvolve, nós vimos palmais lá que com seis anos com dois cortes já estava com mais de dois metros de altura, então a palma cresce sem nenhum problema, então fizemos esse intercâmbio, pegamos contatos com as pessoas para que possamos ir buscar essa palma que chagando aqui desenvolva o mais rápido possível e que daqui a três anos a gente não esteja tendo que ir buscar mais em outros estados”, explica Barreto ao dialogar com Stúdio Rural acrescentando que reuniões estão sendo realizadas naquele município objetivando trazer caminhões de palmas que serão plantadas nas unidades rurais daquele município, prática que se estenderá pelo território do Cariri Oriental dentre outros.

O vice-prefeito da cidade do município de Soledade, Jose Bento Leite, disse que a viajem apontou caminhos animadores já que ao visitar a região percebeu-se a similaridade regional. “A realidade lá é similar a nossa, a vegetação é bem parecida, lá nós vimos a catingueira, nós vimos o mandacaru que é co cardeiro, nós vimos o facheiro, no vimos o xiquexique enfim são plantas que tem na nossa região, conseqüentemente o clima é seco também, é tudo parecido”, explica Bento Leite dizendo que observou a palma variedade gigante doce denominada na Paraíba de Palmepa PB1.

O técnico extensionista da Emater Gurjão, Cícero Romero Callou Bezerra, disse que as ações em toda a região tem que ser em regime de urgência sob pena de colocar em risco a pecuária que tem papel importante enquanto geradora de trabalho e renda em toda a região, citando a realidade do Cariri Ocidental onde o ataque da Cochonilha refletiu de forma direta na queda da economia em cerca de 50%. “Você vê quando o reflexo é muito grande quando você mexe com o bolso das pessoas, quando você mexe com o lado financeiro e já existe estudos aí de algumas instituições da área financeira que diz que a economia rural de Monteiro ela foi reduzida a 50%. Então quem criava dez vacas hoje está criando seis, hoje ele está criando cinco, quem criava vinte vacas está criando oito ou nove, então isso reduz. O Proprietário que tinha uma produção de 100 litros, de oitenta litros hoje ele está tirando quarenta litros e é exatamente essa redução é graças a devastação da palma na região porque é o grande suporte no período seco apesar de ser um alimento que não tem tanto valor protéico, mas é um alimento que tem uma expressão, isso quando se fala de alimentação animal”, explica aquele técnico ao justificar os esforços que vêm sendo empreendidos pelas representações daquele território.

Fonte : Stúdio Rural / Programa Domingo Rural