Agricultores experimentadores, estudantes de escolas e universidades com educação camponesa, professores, técnicos assessores de ONGs e movimentos Sociais participaram do ‘Seminário internacional a agroecologia no mundo e a encíclica da ecologia’, em evento que aconteceu na tarde do último dia 03 de setembro, no Auditório da Universidade Federal de Campina Grande, no bairro Bodocongó.

Organizado pela AS-PTA em parceria, o evento contou com programação ampla que discutiu temas como “A agroecologia no mundo: avanços e perspectivas e conteúdos e significados da Encíclica ecológica que contou com painelistas brasileiros e de diversos continentes do planeta.

O tema foi evidenciado no Programa Domingo Rural do domingo(06) entrevistando o componente da ONG CEOP de Picuí, José Raniere Santos Ferreira, residente na comunidade Serra Baixa daquele município; e com o componente do Coletivo Regional do Cariri, Seridó, Curimataú, Alex Barbosa dos Santos, residente na Comunidade São Félix, município de Santo André que falaram sobre os temas trabalhados no evento.

“Eu acho que a AS-PTA e as organizações componentes da AgriCultures Network trazerem esse seminário para Campina Grande, juntamente com suas organizações também, em dialogar junto a ASA é algo muito importante para fortalecer nosso trabalho e dizer que existe saída para a gente conviver, pra gente preservar a natureza e acho que a gente pôde perceber que no mundo todo há um movimento em defesa do planeta e desse modelo que é o modelo pautado na sustentabilidade e na experiência dos agricultores e agricultoras”, explica Alex ao dialogar com o público ouvinte.

“Encontro como esse nos fortalece enquanto profissionais e enquanto militante da agroecologia, na medida em que percebemos que a agroecologia começa no local que está para responder as questões climáticas, sociais e culturais de cada localidade, mas também ela é global na medida em que ela busca a dignidade das pessoas para além do econômico ou para além da sustentabilidade econômica e financeira que está para a agroecologia já que sem agroecologia equilibrada não temos dignidade e é algo que está para o empoderamento das mulheres enquanto agricultoras, está para a alimentação saudável e então percebe-se, pelas falas, que no mundo inteiro a agroecologia está para isso, para a dignidade humana. E aí nos encontramos e cada continente que fala, a Ásia, a África e a Europa que estão aqui hoje falam a mesma coisa que nós falamos aqui no semiárido nordestino, então nos deixa muito fortalecido com a certeza de que militar na agroecologia já tem resultados e a longo prazo terá mais resultados à medida que sai da prática para a militância política”, relata Raniere Santos.

Foi toda uma semana de atividades já que no período de 31 de agosto a 04 de setembro, a região da Borborema recebeu a visita de um grupo de representantes de organizações da Europa, África, Ásia e América Latina que integram a AgriCultures Network, uma rede dedicada a apoiar atividades de sistematização e divulgação de experiências em agroecologia pelo mundo afora e ao final trabalhou o seminário.

Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural