
Gestão das águas do rio Paraíba, eleição e posse de comitê é tema de encontro em Campina Grande
A cidade de Campina Grande sediou um encontro paraibano de representações do Comitê Hidrográfico do rio Paraíba em evento que aconteceu no auditório da UFCG, Campus Campina Grande, na última sexta-feira(23), foi tema do Domingo Rural e Noticias Agrícolas e contou com representações de gestores municipais, entidades da sociedade civil, usuários, dentre outros para discutir aquela bacia de importância fundamental para o Estado da Paraíba.
Durante o evento foi feito exposição do conjunto das atividades desempenhadas pelo coletivo gestor, o papel e metas a serem exercidos, foi certificado todos e todas as componentes e em seguida foi discutido, formado chapa e votado a nova direção que fica responsável pelo trabalho num período de quatro anos.
Stúdio Rural entrevistou o diretor de gestão da AESA, Agência Executiva de Gestão das Águas, Valdemir Fernandes Azevedo; o então coordenador da comissão organizadora para o novo comitê, Pedro Crisóstomo Freire; e o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Barra de Santana e componente do Território Cariri Oriental paraibano, Paulo Medeiros Barreto, que falam sobre ações e atribuições a serem desenvolvidos diante da realidade emergencial enfrentada pelo rio Paraíba e diante das águas da transposição do rio São Francisco que banham aquela bacia.
“O sentido do evento é do mais valioso possível dado a importância dos comitês de bacia dentro da bacia, o gerenciamento do recurso hídrico de toda região é feito por bacias hidrográficas. A bacia do rio Paraíba é a nossa bacia mais importante para a Paraíba, das bacias estaduais nós temos quatro bacias na Paraíba. Três bacias estaduais: a bacia do Litoral Norte, bacia do Litoral Sul e a bacia do rio Paraíba; e uma outra bacia que é uma bacia federal que pertence a dois estados que é a bacia do Piancó Piranhas Assú que, inclusive, são cem municípios dentro dessas bacias. A bacia do rio Paraíba tem cerca de 85 municípios, é uma bacia importante, de uma representatividade onde nós temos dois grandes reservatórios, temos a chegada das águas do eixo leste da transposição pelo rio Paraíba por essa bacia, então é importantíssimo pra gente”, explica Valdemir Azevedo.
“É de grande importância porque vamos discutir tudo aquilo que é de interesse nosso que é a bacia do rio Paraíba de nossa região, nós temos que está discutindo porque precisa ser cuidado, preservado e ser bem distribuído a água que está chegando nele, então se num encontro desse aqui a gente não se atualizar para estar discutindo de forma concreta aquilo que é de interesse acho que terminaria sendo prejudicial ao andamento do Conselho”, explica Paulo Medeiros Barreto, advertido para a importância de avançar urgentemente nas discussões diante de situações críticas enfrentadas pelo rio e seus usuários moradores de todos os municípios a margem daquela bacia hidrográfica que corta a Paraíba. “Temos a responsabilidade com a qualidade da água que chega, não é só chegar a água, nós temos a responsabilidade com a qualidade, então esse comitê vai estar discutindo todo o translado dessa água, as calhas do rio, a qualidade dessa água, como vai ser usada, o que é que está sendo usado. Ora, nós não podemos aceitar que as cidades ribeirinhas estejam jogando esgoto pra dentro do rio”, argumenta Paulo Medeiros, durante parte de sua entrevista ao Stúdio Rural, lembrando que, sem atitudes urgentes, as cidades ao longo do rio vão está recebendo águas poluídas.
“Como em outros comitês por onde já passei na comissão organizadora do processo eleitoral, o do Paraíba se assemelhou na grande maioria das situações, embora cada um com a sua particularidade e, graças a Deus, foi tudo muito bem, se encerra hoje com a nova diretoria já empossada e vamos tocar o barco pra frente porque é uma área muito bem vista a área da bacia do rio Paraíba não só pela questão da transposição do São Francisco, mas também pelo volume que tem se acumulado em alguns reservatórios e que demandará água para uso no curso do rio Paraíba”, explica o componente da comissão organizadora e da AESA, Pedro Crisóstomo Freire.
Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural
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