O dia 06 de dezembro é tido como referência comemorativa a Extensão Rural brasileira além de ser dia de avaliação do conjunto das conquistas e ou entraves na vida cotidiana dessa categoria que está presente no dia a dia das famílias agricultoras em todo o território nacional.

Marenilson Batista é pesquisador da Embrapa e diretor do Dater, e diz acreditar que 2024 poderá ter um processo de valorização por parte do governo federal, em sintonia com os governos locais, no sentido de fazer crescer a agricultura familiar e sua capacidade de geradora de alimentos para a família produtora e para a sociedade consumidora em todos os municípios brasileiros. “O governo federal vem numa perspectiva de reestruturar a extensão rural porque é o extensionista e a extensionista que fazem um trabalho essencial, um trabalho que orienta, que anima, que estimula agricultores e agricultoras, assentados da reforma agrária, assentados ribeirinhos, quilombolas, marisqueiros, pescadores artesanais, e essa atividade da extensão rural é uma atividade que cada vez mais deve ser valorizada porque a extensão rural tem a capacidade de gerar mais alimentos para esse país, e nós queremos que esse alimento seja um alimento saudável, nós queremos que a orientação seja com sistemas de produção resilientes as mudanças climáticas e que cada vez mais diminua as desigualdades e por isso neste dia 06 de dezembro parabenizamos toda a extensão rural do país desde a extensão feita por empresas públicas, feitas por organizações não governamentais e feitas por empresas”, justifica Marenilson ao dialogar com Stúdio Rural.

Antônio Ferreira Filho é extensionista rural da Empaer Paraíba, sindicalista da categoria e, ao dialogar com Stúdio Rural, afirma que a extensão rural tem motivos para comemorar junto as comunidades camponesas e a sociedade consumidora, em razão uma diversidade de resultados, mas também tem lacunas e motivos para estar, no 06 de dezembro e durante todos os dias, em alerta para o processo de resistência e resiliência na defesa de uma profissão que tem um papel fundamental para o processo de geração de trabalho, renda e alimentos no meio rural de todos os recantos da Paraíba e também todos os recantos de todos os municípios do território nacional. “O seis de dezembro é o Dia do Extensionista Rural, é uma data comemorada a nível nacional, pelo que estamos passando não sei se é só uma data comemorativa em termos de termos conseguido mais recursos financeiros, humanos para trabalhar a questão da extensão rural não só na Paraíba, mas no Brasil, nós estamos passando por uma série de dificuldades, o governo Lula tem acenado que através da reativação da Penater, Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural recursos financeiros para a extensão rural, então nós esperamos que a partir do próximo ano possamos ter avanços já que esse todo o trabalho teve que ser feito com orçamento do governo anterior, mas nós esperamos que no próximo ano a extensão rural possa ter motivos de comemorar”, explica Ferreira Filho acrescentando que na Paraíba a perspectiva e de que haja grande embates e debates para que o governo estadual disponibilize uma política de Demissão Voluntária Incentivada para que haja uma relativa renovação nos quadros da Empaer que possa oxigenar o trabalho da empresa na pesquisa, extensão e no reordenamento agrário. “Aqui mesmo, em nossa reunião do Território do Cariri Oriental, o secretário Frei Anastácio falou que a Empaer precisa de um olhar mais generoso por parte do governo do estado para renovar os seus recursos humanos, renovar a questão de logística, renovar a questão de transporte e de uma estrutura física e humana para oferecer melhores condições de trabalho aos extensionista e consequentemente aos agricultores e agricultoras familiares paraibanas”, reforça Ferreira Filho em contato direto com o público ouvinte Stúdio Rural.

Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural