Fome repercute na pecuária de Cachoeira dos Índios promovendo morte no rebanho e prejuízo na economia

Representações do município de Cachoeira dos Índios, Sertão paraibano, se reuniram na última sexta-feira, 02 de fevereiro, com a meta de discutir a situação de calamidade enfrentada o rebanho bovino provocada pela seca e consequentemente falta, água e ração para alimentar os planteis.

Da reunião que aconteceu na Câmara de Vereadores e Vereadoras participaram componentes da Empaer local, Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável, associações de agricultores e agricultoras, e parlamentares daquele município com a meta de debater a problemática e construir um documento a ser encaminhado e discutido com as instâncias governamentais objetivando efetivar uma política pública emergencial que possa minimizar as perdas e garantir condições de preservar os rebanhos até a chegada das chuvas futuras.

“Hoje estivemos reunidos aqui na Câmara de Vereadores de Cachoeira dos Índios preocupados com a situação que estamos enfrentando aqui no município, gado caindo, gado morrendo e sem os produtores terem mais o que dar comprando ração caríssima e não aguentam mais”, explica o presidente do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável daquela municipalidade, Manoel Monteiro dos Santos, Mazinho, justificando que a realidade é gritante e requer providências urgentes por parte das secretarias do governo paraibano.

Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural

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1 Comentário

  1. Gilvan Barbisa Ferreira -  6 de fevereiro de 2024 - 20:19

    É impressionante que vivamos em uma região semiárida, com eventos graves de secas periódicas, e não tenhamos uma política pública permanente de armazenamento de ração e feno para abastecer o produtor com produtos a preços razoáveis, subsidiados pelo Estado, nesses momentos críticos de falta de alimentos para o gado na Região.

    Eu imagino que nesse momento do desenvolvimento tecnológico do país, já tenhamos tecnologia para prever o risco de seca em toda a PB e montar um programa de grandes armazéns por microrregiões e mesorregiões do Estado, que possam socorrer os municípios com pequenos armazéns para abastecer o número de gados bovinos/caprinos/ovinos nos momentos de falta de alimentos.
    Nos anos chuvosos, é possível acumular milho, silagem e feno acumulado na própria região, que poderia ser comprado pelo poder público prevendo falta no ano seguinte. Do mesmo modo, todos deveriam ter áreas com plantio de palma forrageira suficientes para alimentar seu gado no período seco. E deveria também ter o hábito, o conhecimento e a tecnologia de produzir seu próprio feno e silagem para armazenamento e uso nos períodos de falta de alimentos para o gado.
    Assim, os armazéns públicos poderiam ser abastecidos pelos próprios agricultores do Estado em milho, feno e silagem e, talvez, palma forrageira. As mesorregioões com produtos excedentes poderia assistir as vizinhas com falta de alimentos, com custo baixo devido à distância pequena para transporte.
    Dessa forma, o Estado deveria ser dotado de uma rede de armazenamento e suprimento emergencial de ração para sua pecuária, evitando os enormes transtornos e prejuízos da perda de rebanhos inteiros por municípios e microrregiões atingidos pelo fenômeno das secas.
    A bíblia ensina que é nos períodos de “vacas gordas” e colheitas fartas de cereais ou de chuvas abundantes na região semiárida que se planeja e se faz o armazenamento dos alimentos para o próximo ciclo de seca. Tecnologias, recursos, conhecimentos e meios existem para implementar uma política de segurança alimentar no Estado. Por que não se faz isso é que pessoas razoáveis não conseguem entender!!!

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