Representações dos estados nordestinos, componentes de territórios rurais, estudiosos de áreas diversas voltados ao estudo dos recursos hídricos participaram do 1º Encontro Regional de Comitês de Bacias Hidrográficas e do 2º Simpósio Paraibano de Recursos Hídricos que aconteceu de 27 a 29 deste maio, no hotel Aram Beach & Convention, em João Pessoa, com ênfase na participação dos componentes dos comitês e gestão dos recursos hídricos.

Organizado pelo Governo da Paraíba, por meio da Agência Executiva e Gestão das Águas do Estado da Paraíba (Aesa), em parceria com o Fórum Nacional de Comitês de Bacias Hidrográficas, o evento destacou a importância das agências de gestão de água trabalharem em parceria com os comitês.

Panorama dos Comitês de Bacias Hidrográficas do Nordeste; Relacionamento do Comitê de Bacia Hidrográfica do São Francisco e os Comitês das Bacias Receptoras do PISF; Variabilidade e Mudança Climática; Alocação Negociada de Água, Processo de Gestão para propiciar os usos múltiplos; Águas do Nordeste: Governança, adaptação e desenvolvimento; Gestão dos recursos hídricos no Estado da Paraíba; Produção de um relatório final e visita técnica foram temas trabalhados em mesas com palestrantes e debatedores.

Paulo Medeiros Barreto é presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Barra de Santana, componente do Fórum territorial do Cariri Oriental e do Comitê de Bacias, participou do encontro e, durante entrevista, dialogou com Stúdio Rural explicando a importância do evento e sobre as temáticas colocadas em pauta durante os três dias de evento. “Foi um evento muito bom porque a gente discutiu a temática da água, da conservação do rio, das outorgas d´água, do cuidado com a calha do rio, da distribuição e da qualidade da água a ser distribuída e também de algo muito de interesse pra gente que é a distribuição da água para o plantio por gotejamento, que é uma preocupação não só do Comitê, mas é mundial e a Paraíba tem avançado na questão dos Comitês de Bacias como é o caso do Comitê de Bacias da Paraíba”, explica Paulo Medeiros.

Medeiros Barreto justifica ser urgente o processo de criação de uma política de gestão dos resíduos sólidos dos municípios as margens das bacias hidrográficas e garante que a realidade hoje é a de rios encalhados como se fossem verdadeiros cemitérios e ou lixões de muitos municípios. “Nós não podemos aceitar de forma nenhuma como é feito hoje, nós recebemos a água da transposição e na mesma hora todas as cidades ficam jogando seus esgotos dentro do rio, quer dizer que quem está mais abaixo passa cada vez mais a receber uma água poluída, mais pesada, com materiais que vai ofender diretamente ao seu povo que estará usando, principalmente os ribeirinhas, que usam ela sem tratamento nenhum”, lamenta Paulo Medeiros justificando que a sociedade organizada está cada vez mais atenta para a promoção de uma agricultura sustentável e o uso da água de forma consciente (Clique e ouça no Programa Notícias Agrícolas).

Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural