Representações e assessorias técnicas da Conab, Companhia Nacional de Abastecimento promoveram mais uma Oficina de formação em Compras Públicas para a agricultura familiar, desta vez no Território Baixada Cuiabana, Cuiabá-MT, no último sábado dia 30 de novembro.

Conforme o coordenador nacional do projeto, Hermézio Serrana Filho, a ação está acontecendo junto a 38 território de diversos estados brasileiros com a meta de trabalhar a capacitação e formação de agricultores familiares advindo de comunidades ribeirinhos, indígenas, dentre outras, com meta ao processo de venda dos alimentos a serem proporcionados às instituições recebedoras.  “Nós tivemos essa capacitação aqui em Cuiabá hoje, tivemos duas em territórios do Distrito Federal com uma em Planaltina e outra em São Sebastião”, explica Hermézio lembrando que quatro desses estão na Paraíba: Cariri Ocidental, Médio Sertão, Território Serra do Teixeira e Vale do Piancó além do Território do Pajeú pernambucano.

Ele explicou que em janeiro próximo o planejamento da Conab é iniciar o trabalho com novos editais para compra e distribuição de alimentos. “O objetivo é fortalecer, do ponto de vista estrutural e organizacional, as cooperativas e associações que já vendem e também trabalhar com as cooperativas que ainda não fazem parte do processo de compra e venda”, justifica Serrano.

“Participamos aqui todos juntos com a Baixada Cuiabana, a Conab, o Instituto Federal do Maranhão fazendo uma oficina de formação pra que os agricultores familiares possam participar diretamente dos projetos do Governo Federal, a Conab hoje tem essa função também de formar os agricultores pra que todos e todas tenham acesso” explica a diretora de Administração e Financeira da CONAB, Rosa Neide, justificando tratar-se ter sido ação destinada aos povos indígenas, povos quilombolas buscando fortalecer a cadeia dos beneficiários e beneficiárias desde os sistemas produtivos, os beneficiários sociais até os mercados locais.

“Essas ações resgatam o fortalecimento da agricultura familiar com ênfase na organização da produção com ações de nossas cooperativas que fazem acontecer essas políticas públicas serem cada vez mais eficazes”, justifica Aline Muniz dos Santos, da Associação Encontro das Águas Cachoeira Rica, Chapada dos Guimarães.

“Foi importante poder saber o papel operante do cooperativismo e do associativismo como uma ferramenta a mais para a inclusão dessas políticas junto ao nosso povo”, comenta Esvael Guató, da Associação Indígena Guató, Barão de Melgaço.

“O principal de tudo é essa formação para os agricultores, formação que traz as informações da importância de nos juntarmos de forma coletiva buscando resultados positivos comuns”, reforça Bianca Letícia Machado, componente da Associação Acorizal.

“Foram importantes informações, essa é a primeira vez que estou participando desse encontro que foi muito importante pra mim, que deu mais visibilidade pra mim e para meu povo”, complementa Neide Gereguinha Bororo, presidente da Associação Indígena Areme Korogedu Paru Povo Bororo, Aldeia Córrego Grande em Santo Antônio Leverger.

“Foi de grande importância porque foram mostrados informações sobre a utilização do cooperativismo e associativismo para a implementação dos programas de forma que saímos daqui super realizados e esperamos que aconteça mais encontros como esses pela sua importância”, complementa da Associação de Mulheres Quilombo Mata Cavalo, em Nossa Senhora do Livramento, Maria Francisca

Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural / Ascom