UFCG desenvolve projeto parceiro junto às famílias do Reassentamento Águas de Acauã em Itatuba–PB

A universidade Federal de Campina Grande vem trabalhando, em parceira com a Empaer e órgãos do governo paraibano, Fundação Parque Tecnológico da Paraíba (PaqTcPB), Sebrae, Insa, dentre outras, um conjunto de ações no Reassentamento Águas de Acauã, no município de Itatuba, Agreste paraibano, que são vítimas do processo de construção da Barragem Acauã.

Em destaque, o Projeto Ecoprodutivo composto de um conjunto de empreendimentos voltados ao fortalecimento do coletivo social com 100 unidades residenciais que estão em fase avançada de construção pelo Governo do Estado e é tido como empreendimento sustentável referência de uma agrovila destinada ao acolhimento de famílias vítimas de alguma consequência e tenham que serem relocadas para locais apropriados. No projeto, uma tecnologia iniciada como referência na casa sede é a construção de um biodigestor que será referência e poderá ser replicada para todas as unidades habitacionais do reassentamento junto às diversas tecnologias que compõem o projeto.

Conforme o coordenador do PEASA – Programa de Estudos e Ações para o Semiárido da UFCG, Vicente de Paulo Albuquerque Araújo, as ações fazem parte de um projeto institucional da UFCG chamado de protótipo de um Quintal Ecoprodutivo, idealizado junto ao governo paraibano, baseado em experiência trabalhada no município do Congo, a ser implantada no reassentamento para que sejam vivenciadas pelas 100 famílias que residirão naquele coletivo residencial que contará com biodigestor, Sistema SARA de reúso de água do INSA, cisterna de placa, dentre outras que somam 10 tecnologias aplicadas para cada família. “Além do biodigestor tem também o Sistema SARA do Instituto Nacional do Semiárido que é um sistema de reúso de água, esse nós conseguimos num diálogo com o INSA, com o Parque Tecnológico e a CEHAP e já construir uma unidade pra cada família que já está em construção, a cisterna de placa já está incluída numa das licitações com uma cisterna pra cada família, e o biodigestor é mais uma tecnologia que vamos continuar buscando essa parceria para a implementação total”, explica Albuquerque ao dialogar com Stúdio Rural.

Para o coordenador administrativo do PEASA e técnico do projeto, Rossino Ramos de Almeida, o biodigestor tem potencial de fortalecer empreendimentos de agregação de calor dos produtos agrícolas em especial atividades coletivas que dependem do uso do gás de cozinha que, com a utilização da tecnologia, dará condições de competividade de seus produtos alimentícios nos mercados consumidores. “A proposta nossa do biodigestor é a multiplicação, porque são 100 famílias que vão morar e destas famílias vamos ter aquelas que vão trabalhar com o processamento, seja do doce, seja da pamonha, seja geleias, queijos e em tudo vai precisar do gás para o devido processo e assim diminuir o custo de produção, então temos esse trabalho parceiro do MAB buscando ser agente multiplicador desse biodigestor”, explica Rossino justificando ser um trabalho feito em parceiras diversas e evidencia a ação mobilizadora do MAB, Movimento dos Atingidos por Barragens, na busca de conhecimentos e tecnologias inovadoras que dialoguem entre si para o desenvolvimento da agricultura familiar daquele coletivo.

“Essas parceiras são fundamentais, e elas existem porque existe um grau de organização do povo, então aqui tem essa parceria do Peasa, com toda a Universidade Federal de Campina Grande, com o Parque Tecnológico, aqui temos o início da implementação do projeto com o biodigestor que é uma tecnologia social que o Peasa junto com o Parque Tecnológico e a universidade está trazendo pra gente aqui com parcerias e a gente fez questão de mobilizar as famílias pra entrarem com a força de trabalho e é interessante porque a gente entende que não tem aprendizado sem prática, mas que as pessoas têm que participar desse processo pra entender que elas fazem parte de tudo isso”, explica o coordenador do MAB, Osvaldo Bernardo, ao dialogar com Stúdio Rural.  “Aqui trabalhamos um olhar voltado tanto a questão da economia financeira da família, mas também a questão ambiental e é por isso que esse projeto é um projeto sustentável, a gente teve a preocupação de trazer a questão do gás de cozinha porque sabemos que isso é segurança energética quando você tem seu próprio gás de cozinha sem dependência de quaisquer crises que venha a acontecer”, acrescenta justificando que são práticas integradas que estimulam cadeias produtivas na agricultura familiar do reassentamento.

Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural

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