Mais 70 famílias de quatro assentamentos do município de Campina Grande estão contempladas com a implementação da segunda água dentro do Programa Água Para Todos, projeto financiado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome com contrapartida do governo do estado, execução das entidades da ASA Paraíba e acompanhamento da Coonap, Cooperativa de Trabalho Múltiplo de Apoio às Organizações de Autopromoção.

O tema foi evidenciado no Programa Esperança no Campo e Programa Domingo Rural entrevistando o assessor técnico da Coonap, Cooperativa de Trabalho Múltiplo de Apoio às Organizações de Autopromoção, do Polo Sindical da Borborema e do Centrac, Centro de Ação Cultural que falam sobre as ações e suas boas consequências na vida das famílias camponesas contempladas.
Lismarck Irineu Andrade é assessor do Polo Sindical da Borborema trabalhando o processo de mobilização das famílias junto a ONG AS-PTA no processo de construção das implementações e capacitações das famílias e, em entrevista a Stúdio Rural, ele traz informações detalhadas sobre a conquista dos recursos junto aos órgãos parceiros, sobre o processo de mobilização das famílias e o processo de construção das novas implementações. “Hoje aqui nos assentamentos a gente está discutindo um pouco sobre o Programa Uma Terra e Duas Águas que é uma parceria realizada entre o Ministério do Desenvolvimento Social(MDS) e o Governo do Estado da Paraíba, através da Secretaria de Desenvolvimento Social, então aqui no município de Campina Grande a gente vai estar implementando esse programa beneficiando 70 famílias e aí as áreas prioritárias vão ser as áreas de assentamento e hoje a gente está dando um primeiro passo que é reunir as famílias, explicar um pouco esse programa, quem são as parcerias, quem está apoiando que é uma parceria Governo do Estado da Paraíba, através da Secretaria de Desenvolvimento Social e o Ministério do Desenvolvimento Social(MDS) e a gente vai estar fazendo, dentre outras estruturas, fazendo cisternas calçadão, cisternas de enxurradas, barragens subterrâneas e barreiros trincheiras”, explica ao iniciar seu amplo diálogo com nosso público ouvinte.
Maria Madalena de Medeiros é componente da ONG unidade gestora Centrac, Centro de Ação Cultural, dialogou com nosso público ouvinte trazendo informações detalhadas sobre o projeto e garante que a ação, fruto de parceria do Governo Federal e Estadual, está sendo muito bem aceita pelas famílias porque essas já reconhecem o conjunto de ações já implementadas em toda a região e têm noção da eficácia das políticas e ações de convivência com o semiárido. “Foi muito bem aceita porque esse programa objetiva produzir alimentos vegetal e animal e pra isso existe quatro tecnologias sociais de acesso a água neste contrato do governo do estado com o apoio do Ministério do Desenvolvimento Social. Então é a cisterna calçadão, cisterna enxurrada, barreiro trincheira e a barragem subterrânea o que soma 70 tecnologias nesse primeiro momento”, explica acrescentando que o Centrac é uma das instituições componentes da ASA e tem ação no campo e na cidade.
Jânio de Araújo Oliveira é assessor da Coonap, Cooperativa de Trabalho Múltiplo de Apoio às Organizações de Autopromoção, entidade que acompanha permanentemente esses assentamentos dentro de parcerias financiadas pelo Governo Federal via Incra-PB, dentre outras, e garante que essas ações só vêm somar para o processo de fortalecimento das ações que já vêm sendo trabalhadas junto as famílias dessas unidades coletivas rurais e assegura que, com o processo de ampliação produtiva possibilitadas com essas novas tecnologias, haverá melhora na segurança alimentar das famílias e ampliação da oferta do excedente de produtos alimentícios nos espaços de vendas diretas aos consumidores, citando como exemplo a Feira Agroecológica da Reforma, apoiada pelo Incra-PB em parceria com a prefeitura, que acontece todas as quintas-feiras, na Praça Clementino Procópio, bem no centro da cidade de Campina Grande. “Nós desempenhamos o papel de assessoria, essas tecnologias vêm facilitar nossas vidas, não só nossas vidas, mas a vida dos assentados primeiramente, também o nosso trabalho porque essa ação é a materialização do que nós discutimos nas áreas, na verdade nós já viemos trabalhando discutindo essas implementações e eis aí a oportunidade de implantá-las e nós agora vamos poder acompanhar essa produção, vamos poder assessorar o desenvolvimento dessa ação graças a realização desse programa”, explica Jânio.
Ele falou sobre o trabalho que a Coonap vem desenvolvendo nos assentamentos rurais do município de Campina Grande dizendo que o trabalho vem acontecendo desde o ano de 2019 pelo Assentamento José Antônio Eufrouzino; nos assentamentos Venâncio Tomé, Vitória e Santa Cruz desde o ano de 2011 e o Assentamento Pequeno Richard a partir do ano de 2014. Ele garante que já é perceptível as mudanças dos grupos sociais na sua dinâmica de organização, na forma de fazer a agricultura, no fortalecimento da segurança alimentar e no processo das buscas dos mercados para a venda dos produtos alimentícios e do artesanato dos assentamentos de forma direta aos consumidores. “Nós temos trabalhado ações voltadas para o acompanhamento principal de grupos de interesse, quando a gente identifica um grupo de interesse que tem um potencial em comum é que a gente acaba buscando projetos ou algo que possa ajudar potencializar seus talentos e suas aptidões”, relata ao dialogar com o público ouvinte Domingo Rural e Esperança no Campo.
Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural