Durante a semana de 13 e 17 de julho, o Ministério do Desenvolvimento Agrário(MDA), via Delegacia Federal do Desenvolvimento Agrário na Paraíba, realizou uma série de reuniões técnicas para a apresentação e discussão do Plano Safra 2015/2016.

Na segunda-feira(13/07) a capacitação aconteceu em Campina Grande; na terça-feira(14/07) a reunião aconteceu em Sumé; na quarta-feira(15/07) foi a vez de Sousa e região; na quinta-feira(16/07) a cidade de Patos e pra finalizar o município e região contemplados foi Guarabira na sexta-feira(17/07).
O tema  foi evidenciado no Esperança no Campo e Programa Domingo Rural da Rádio Queimadas FM e Rádio Serrana de Araruna AM a partir de entrevista com o agente de desenvolvimento do Banco do Nordeste, José Vicente de Melo; delegado federal do Desenvolvimento Agrário, Luiz Gonzaga Firmino Junior e o coordenador da Emater regional Campina Grande, José Sales Alves Wanderley Júnior falando sobre a importância de trabalhar essas capacitações de forma itinerante dentro do estado da Paraíba. “Nesta semana a gente desencadeou o processo das oficinas que vão apresentar e discutir o Plano Safra da Agricultura Familiar 2015/2016. Todo ano, já faz alguns anos que o Ministério do Desenvolvimento Agrário anuncia uma quantidade de investimentos que serão destinados à agricultura familiar, em especial, sempre esses encontros aconteciam na capital para a apresentação e nesse ano a gente vem fazendo diferente que é apresentar nas cidades do interior e então começamos hoje por Campina”, explica lembrando que em 2002 o governo investiu R$ 2,3 Bilhões e, neste ano, mesmo diante da crise enfrentada, o governo está ofertando 28,9 Bilhões de reais e aproveitou para falar sobre as diversas ações do Pronaf e o conjunto das ações desenvolvidas pelo MDA e MDS como complemento ao processo de produção e mercado da agricultura familiar pedindo empenho dos setores beneficiários a exemplo das prefeituras, secretarias de educação e entidades da sociedade civil organizada. 
Dialogando com o público ouvinte das emissoras parceiras, o coordenador da Emater regional Campina Grande, José Sales Alves Wanderley Júnior, classificou como uma atitude eficiente interiorizar as discussões entorno das ações Pronaf já que, desta forma, diversas representações sociais podem melhor participar dessas capacitações explicativas que informam e tiram dúvidas acerca do programa e garante que a Emater difundirá essas informações junto as entidades de agricultores e as famílias camponesas em cada município. “Nós temos as nossas reuniões mensais que acontecem aqui com toda a nossa força de trabalho, nós temos uma assessoria de crédito, uma assessoria de cultivo, também temos uma assessoria em sintonia com os assessores estaduais, temos o próprio núcleo de crédito lá em João Pessoa que nos apoia juntamente com a coordenadoria de operações e a diretoria técnica da Empresa. O Banco do Nordeste saiu na frente com planilhas atualizadas para elaboração de novos créditos, o Banco do Brasil nós estamos nesse aguardo dessas planilhas atualizadas, a Caixa Econômica também vai entrar no circuito, mas está aprendendo ainda porque desde o ano passado está liberada a operar também com o crédito rural, mas é uma situação nova para a Caixa, enfim esses três agentes financeiros juntamente com as instituições de elaboração, sejam instituição pública como o caso da Emater ou algumas do terceiro setor e algumas privadas também, temos que aprender mesmo e juntar esforços porque, como foi socializado aqui hoje, o crédito tem tido muita importância no desenvolvimento da agricultura familiar, principalmente nos cenários de secas que nós estamos ultrapassando desde 2012”, explica Júnior Sales dialogando com o público ouvinte Domingo Rural e Esperança no Campo.
José Vicente de Melo é agente de desenvolvimento do Banco do Nordeste e, ao conversar com nosso público ouvinte Queimadas FM e Serrana de Araruna AM, classifica como um ganho a nova forma do MDA se direcionar às instituições da agricultura familiar e às famílias agricultoras do meio rural. “Sem dúvidas esse é um encontro muito importante, até acho que se nós tivéssemos aqui a oportunidade de participar dessa palestra, desse momento aqui de troca de informações com representantes dos agricultores familiares seria fantástico. Veja bem: para o agricultor que é hoje o tomador do crédito do Pronaf, para os nossos extensionistas existe assim uma premissa de que o crédito é executado pelos bancos oficiais e que as fontes se restringem exclusivamente a Secretaria do Tesouro Nacional e, pelo que foi mostrado, não é bem assim. Eu acho que hoje a gente sai com uma visão diferente do que é o agente financeiro que faz o dinheiro chegar na base junto aos agricultores familiares e de onde ele vem, a fonte realmente da qual ele chega até as nossas mãos para que a gente possa executar essa política. Foi mostrado aqui as diversas fontes de repasse de recursos financeiros e aí quando a gente viu a relação das fontes, de imediato a gente já imagina que o governo federal não tem participação neste processo, pelo contrário, a fonte hoje é bastante diversificada e vinda de diversos organismos, o governo federal entra exatamente na forma de remuneração desse crédito e foi mostrado aqui hoje com muita sapiência e muita competência, mostra que existe uma diferença do que o banco pratica na taxa que o banco executa na hora de emprestar ao agricultor familiar e a forma desse dinheiro ser remunerado na fonte e é aí onde entra a participação do governo federal no momento de remunerar esse recurso lá na fonte que ele está sendo originado, então esse é um momento muito importante, muito interessante e eu tenho certeza que todos nós que trabalhamos em parceria vamos sair daqui qualificados pela gama de informações repassadas e pelos conhecimentos que a gente passa a absorve-los a partir de então”, explica Zé Vicente ao dialogar com o público ouvinte. 
Segundo a assessoria da Delegacia Federal do MDA-PB, a cada edição de um Plano Safra, o Ministério do Desenvolvimento Agrário busca atualizar as informações para os parceiros, líderes dos movimentos sociais, extensionistas rurais, entre outros justificando que em cada reunião foram apresentados os valores destinados à Paraíba e debatidos com os parceiros as novas regras do plano de safra do crédito rural, do SEAF e do PGPAF.
Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural