Caturité sedia mais uma Plenária do Território Rural do Cariri Oriental

Representações dos municípios do Cariri Oriental paraibano participaram de mais uma Plenária do Território Rural do Cariri Oriental, desta vez em evento acontecido na cidade de Caturité, na última sexta-feira(07), tendo como local a Câmara Municipal de Vereadores de Caturité.

Como tema principal, a plenária discutiu recursos do Proinf advindos do Ministério do Desenvolvimento Agrário(MDA) destinados a construção de um anexo no Viveiros de Mudas daquele território, na cidade de Cabaceiras, coração do Cariri Oriental. “Digo a você que é muito importante a volta das ações desse território com essa visão de reestruturar e trabalhar como tem que ser trabalhado, porque o fórum teve um espaço de tempo em que ficou meio parado e então espero que agora com a volta dessa nova equipe as coisas tomem um verdadeiro rumo dentro de uma nova visão”, explica José Faustino Neto, presidente da Fundação Educacional e Assistencial Comunitária Nossa Senhora da Conceição, no sítio Bonita de Caturité. Ele diz acreditar ser necessário fazer com que o fórum possa acompanhar a fiscalização os diversos equipamentos conquistados junto ao governo federal para o bom desenvolvimento da agropecuária dos municípios daquela região. “Eu fico feliz quando vejo as coisas funcionar como deve funcionar, pelo conhecimento que eu tenho, cada gestora tem que ter uma responsabilidade de gerir e administrar o equipamento que ela adquiriu para desenvolver aquela atividade dentro do território, o fórum tem a obrigação de fiscalizar, de acompanhar, mas nada de gerir, quem vai ter que gerir é a entidade, se ela está sendo mal gerida ou mal gerenciada, é dever do fórum convocar uma extraordinária com a plenária e a gente discutir, então ver essa entidade que está gerenciando mal gerenciado”.

Heleno Alves de Freitas é assessor da Secretaria da Agricultura Familiar do governo do estado nas discussões daquele território e garante que os componentes estavam ausentes das discussões porque o fórum não estava existindo, mas diz acreditar que com os recursos colocados pelo governo federal via NEDET o Cariri Oriental está retomando suas ações com tendências de crescimento já que está com uma equipe de trabalho que gera positiva expectativa. “Com a chegado dos NEDETs e com os recursos do Proinf, com recursos do governo federal via MDA para estruturar os fóruns onde o Cariri Oriental retomou, teve boa sorte   em escolher as pessoas certas pra funcionar no lugar certo e, nós estamos com expectativa positiva, nós como governo do estado, através da Secretaria da Agricultura Familiar, no sentido de contribuir e fazer parte efetiva dessa discussão e penetração dessas ideias que estão sendo discutidas aqui neste momento”.

Herta Costa Duarte do Rego é assessora da Coonap, Cooperativa de Trabalho Múltiplo de Apoio às Organizações de Autopromoção com participação nas reuniões territoriais, participou do encontro e do Programa Esperança no Campo e Domingo Rural explicando que foi visível a parada acontecida nas ações daquele território, mas que também é visível a retomada das ações trabalhadas por aquele coletivo de municípios integrados. “É visto que a participação do Fórum do Território Cariri Oriental estava meio parada, mas isso não quer dizer que os proponentes não tenham propostas, têm propostas sim, propostas importantes como transformar o espaço do fórum como espaço jurídico todo formalizado com seu CNPJ para que não dependa mais de outra organização, não tenha só um caráter representativo literalmente falando”, explica garantindo que a Coonap está presente por entender seu papel para o desenvolvimento das famílias agricultoras e dos assentamentos diversos dentro dos territórios.

Hemetério Duarte da Costa, Bebé, é diretor da Associação dos Caprinocultores de Caturité e região, diz ser importante a discussão territorial e espera melhor funcionamento com a nova equipe NEDET para o desenvolvimento regional baseado nas mobilizações das representações sociais e na colocação das temáticas que deem sentido ao conjunto das ações. “Temos que ter amplas discussões porque se for ficar só no dinheiro vemos que o dinheiro é muito pouco para tantos municípios e o importante é o pessoal se reunir e reivindicar mais coisas para a região”.

Diretor presidente da Coapecal, Cooperativa Agropecuária do Cariri, Laudemiro Lopes de Figueiredo Filho, Miro, classificou a política territorial como algo que se faz dentro de uma reflexão e discussões com todas as representações num espaço em que as direções de cooperativas, associações e órgãos diversos balizam seus temas e ações objetivando o benefício coletivo de municípios e comunidades dentro da região. “Todo esse povo junto manifesta uma capacidade de expor ideias e de elaborar as estratégias ao desenvolvimento e nós, enquanto cooperativa que fazemos parte e estamos num território, temos a convicção de que o desenvolvimento desse território é nosso desenvolvimento, é interesse nosso, daí nossa participação em acreditar que isso é possível, ou seja, de elaborar e apontar políticas públicas e agir sendo protagonistas nesse desenvolvimento territorial”, explica Miro durante ampla entrevista no Programa Domingo Rural e Programa Esperança no Campo da Rádio Queimadas FM e Rádio Serrana de Araruna AM 590 kHz.      

Ao dialogar com a equipe Stúdio Rural, o assessor de Inclusão Produtiva daquele fórum territorial, Johnatan Rafael Santana de Brito, explicou que os componentes NEDET colocaram para apreciação ações de projeto que serão submetidos ao Proinf enquanto proposta de ampliação do Viveiro de Mudas que está instalado na cidade de cabaceiras, transformando numa estrutura de produção e de contribuições outras como sede daquele fórum, capacitações e ações de fortalecimento e enfrentamento contra a seca e as políticas de convivência com o semiárido. “A proposta é que a gente possa assumir a partir de um arranjo em termo de gestão social do equipamento, perceba que não se estar pensando em construir um local para o fórum, a gente está, enquanto fórum, tentando instrumentalizar um espaço onde a gente possa trabalhar a questão das capacitações, treinamentos associados a prática produtiva para o desenvolvimento do território a partir do enfrentamento de convivência com a seca dentro dessas intempéries que a gente tem, então a ideia não é especificamente construir uma sede, a ideia é reestruturar um equipamento público que já existe e fazer com que a partir dos arranjos sociais entre governo do estado e o fórum a gente possa se instrumentalizar e institucionalizar, num futuro próximo, e assumir essa proposta de conduzir o viveiro e fazer uso desse espaço do viveiro também para essas capacitações, treinamentos e transferência de tecnologias”.

Já Raiza Tavares é assessora de gestão social do NEDET Cariri Oriental, entrevistada por nossa equipe disse que a tendência é a partir de agora ser realizada plenária mais produtiva já que as ações gradativas têm mostrado melhor entendimento dentro das discussões políticas de desenvolvimento, citando como exemplo da possibilidade de melhor gestão social a construção da agenda permanente dos encontros territoriais que passam a acontecer a cada segunda terça-feira de cada mês com reuniões itinerantes por todos os municípios daquele território como forma de entrosar ações políticas e conhecimentos culturais. “Nós temos uma demanda bem extensa, o nosso núcleo de extensão e desenvolvimento territorial com nossa equipe que hoje está composta por cinco pessoas e chegando uma sexta pessoa que é nossa assessora de gênero que deve começar em breve, nós temos muitas questões a serem resolvidas, mas a principal delas que foi colocada na nossa plenária hoje é a questão do território ter um marco jurídico, nós temos a elaboração de projetos do Proinf, outros projetos todos os anos, mas o projeto Proinf é o principal deles e sempre o nosso problema é encontrar um proponente tendo em vista que nós precisamos ter uma pessoa jurídica para propor esses projetos, e partir do momento em que o território tenha essa instituição jurídica formada, seja como fundação, consórcio ou qualquer que seja a denominação, a gente já tem pelo menos pré-definido que o território é quem vai propor e o território é quem vai gerir, então a gente não fica a mercê de nenhuma secretaria e nenhuma prefeitura que hoje tem um gestor e amanhã podem ter outro o que muda totalmente o quadro, então esse foi o encaminhamento que foi colocado e com certeza, dentro de 2015, ainda nós conseguiremos dar esse encaminhamento para que a gente consiga ter o nosso marco jurídico de fundação, consórcio e enfim que o território tenha esse marco”, explica falando também da importância da construção da sede do fórum, em Cabaceiras, para que se tenha uma referência da instituição. “A importância também de organizar uma sede para o território para que a gente, embora realize as reuniões itinerantes em todos os municípios, nós tenhamos uma referência, tenhamos um local onde a gente possa guardar os nossos documentos de nossos projetos, hoje os documentos do território estão todos espalhados já que cada assessor que passa fica com os documentos com ele e não uma sede onde os documentos fiquem lá arquivados para quem quer que venha a fazer parte da coordenação, ou venha a assessorar o território, esteja a par de tudo que aconteceu e esteja com todos esses documentos organizados”.

Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural

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