
Domingo Rural e Esperança no Campo evidenciam oficina do Insa sobre Estratégias de Segurança Forrageira no Semiárido
O Instituto Nacional do Semiárido (Insa), Unidade de Pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), realizou nos dias 28 e 29 de abril uma Oficina sobre Estratégias de Segurança Forrageira no Semiárido objetivando propiciar um espaço de intercâmbio de saberes e experiências sobre os meios de produção e armazenamento de forragens para a pecuária no Semiárido brasileiro, especialmente da palma forrageira.
Direcionado a pesquisadores, técnicos, estudantes, representantes institucionais e da sociedade civil, agricultores e agricultoras do Semiárido brasileiro, especialmente àqueles que participaram do projeto de revitalização da cultura da palma forrageira com variedades resistentes à Cochonilha-do-Carmim, o evento foi evidenciado no Programa Domingo Rural e Esperança no Campo entrevistando o pesquisador e professor do IFPB-Picuí, Frederico Campos Pereira; com o pesquisador da Emparn, Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte, José Geraldo; e o professor da Universidade Federal da Paraíba, Campus Areia, Daniel Duarte que falam sobre a importância do Insa, de suas atividades que aglutinam entidades do semiárido e sobre a oficina acontecida.
“Trata-se de um evento de dois onde na verdade nós podemos diversos em grandes objetivos. O primeiro objetivo foi apresentar os resultados do projeto de revitalização da cultura forrageira no semiárido, com maior intensidade no estado da Paraíba por questão de geográfica, verba e etc. e o segundo momento é essa comunhão de estudiosos e instituições não só relacionando com a palma, mas também com outras fontes forrageiras do semiárido e do seu principal bioma que é o bioma caatinga”, explica o professor Daniel Duarte durante amplo diálogo com o público Domingo Rural e esperança no Campo.
“É um desafio grande trabalhar com as espinhosas, com as cactáceas e a gente já vem há seis anos lá em Picuí trabalhando com nossos alunos no campo e olhas que Picuí hoje chove menos do que em Cabaceiras numa média de chuvas de 230, 240 milímetros por ano fazendo, então de fato temos que entender que as plantas que vão resistir a poucas chuvas têm que ser as plantas que já estão adaptadas e que podem servir de forragem para os animais que são essas plantas que centenariamente nossos agricultores dão para os seus animais que é facheiro, o xique-xique, o mandacaru, que é a própria macambira, a coroa de frade, palmatória de espinhos e a gente já trabalha com esses materiais plantando como se fosse uma lavoura normal”, explica o professor do IFPB de Picuí, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, Frederico Campos Pereira que fez ampla exposição do trabalho de pesquisas feito com essas espinhosas naquela unidade educativa.
“Essa oficina de reserva estratégica de forragem no semiárido me estimula cada vez mais a prosseguir no caminho da convivência com o semiárido, o Insa eu disse a pouco instante em uma fala em mesa redonda que pode ser um laboratório de pesquisa agropecuária do semiárido, o Insa tem todas as características centradas aqui em Campina Grande, uma região caracterizada do nosso semiárido e eu sinto uma satisfação geral do público, tanto aos produtores rurais que estão aqui quanto a técnicos, professores e as instituições parcerias, eu tenho sentido isso e os temas cada vez mais engrossaram mais o caldo, ou seja, nós tivemos palestras ministradas por pessoas realmente comprometidas com o nosso semiárido, professores de Institutos Federais como o de Picuí, professores da Universidade Federal Rural de Pernambuco, professores da Universidade Federal da Paraíba e em todos os segmentos levando sempre em consideração a biodiversidade desse semiárido. Eu trago aqui a experiência que a gente tem de 20 anos no Rio Grande do Norte onde a Emparn, Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte a qual hoje estou representando ela me designou desde a seca de 1993 a trabalhar com essas cactáceas nativas onde até então nós só tínhamos descrições descritivas dessas plantas e, como eu sou zootecnista graduado pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, eu entendi que os números que os produtores queriam e precisam desses números nós então começamos a fazer desde essa época e então nós já temos ministrado várias palestras, publicado vários artigos quer seja com desempenho de ruminantes, em ovinos, caprinos, bovinos quer seja também na recuperação de áreas degradadas e então eu sinto que a Paraíba está muito bem intencionada com relação a pesquisa agropecuária quando traz uma sede do Insa para Campina Grande e congrega todas essas instituições parceiras”, explica o pesquisador da Emparn, Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte, José Geraldo ao dialogar com o público ouvinte do Programa Esperança no Campo e Domingo Rural dos dias 07 e 08 de maio.
A programação contou com a participação de reconhecidos pesquisadores da área de forragem, oriundos do Insa, do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn) e do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFPB).
Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural
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