
Ações e políticas públicas para jovens rurais são temas trabalhados em encontro e em Domingo Rural
Jovens agricultores e agricultoras dos municípios do Polo da Borborema se reuniram durante os dias 21, 22 e 23 de março, no Day Camp Hotel Fazenda, zona rural de Campina Grande.
O encontro contou com participação de Stúdio Rural e foi destaque no Programa Domingo Rural e Programa Esperança no Campo dos 26 e 27 de março entrevistando Adailma da Silva Alves, residente na comunidade Capivara; com a presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Massaranduba, Maria Leônia Soares, Léia; com a secretária do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Queimadas, Ana Paula Cândido e com a assessora da AS-PTA, Adriana Galvão Freire que detalham as temáticas trabalhadas e os encaminhamentos desenvolvidos no evento.
“Dá pra se ver o tamanho do progresso que a gente vem tendo nestes anos numa campanha que se iniciou em 2002 com a juventude camponesa e veio ter maior êxito agora em 2010 pra cá quando a gente começou a trabalhar com grupos de jovens bem extensos dentro do território do Polo e foi um prazer estar mais uma vez estar aqui e discutir mais políticas, fortalecer nosso trabalho e aprimorar novas ideias”, relata a jovem agricultora Adailma da Silva Alves, residente na comunidade Capivara, município de Solânea.
“Foram três dias de encontro, encontro esse muito bom onde a gente veio pra fazer um diagnóstico em que a gente está chamando esse diagnóstico pra conhecer um pouco da realidade desses jovens que estão fazendo agricultura familiar, outros que não, mas que têm a perspectiva de voltar e aí é importante e avalio como muito importante ter essa preocupação de conhecer um pouco mais de vida da juventude rural camponesa que por vezes é taxada de que esses jovens não querem nada com a vida. Mas será que é isso mesmo? A partir do diagnóstico que a gente fez, a partir das conversas que fizemos, percebemos que eles têm uma estrutura de vida, ou pretendo uma estrutura de vida e aí a gente começa a pensar em estratégias a partir dessa conversa que a gente tem com a juventude”, explica a secretária do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Queimadas, Ana Paula Cândido.
“Trata-se de um processo bastante interessante em que a gente está encerrando um projeto chamado Sementes do Saber que é um projeto para o fortalecimento da juventude no campo, um projeto que aproveitamos bastante no processo de experimentação e quando a gente vai chegando ao final desse círculo a gente, com o apoio de um dos parceiros nossos chamados Terra dos Homens, a gente sentiu ocado a refletir sobre a realidade da juventude no campo, então desde novembro do ano passado a gente desencadeou um diagnóstico pra entender qual é a realidade da vida desses jovens do campo, quais são os desafios que esses jovens têm pra poder optar por ficar nesse campo ou mesmo pra sair, qual a expectativa de vida e como que a nossa ação pode fortalecer cada vez mais essa juventude, fortalecendo seus projetos de vida, seja ele dentro da agricultura ou de que forma ele passa a interagir nesse projeto da agricultura familiar agroecológica”, relata a assessora da AS-PTA, Adriana Galvão Freire.
“Foi um diagnóstico bastante interessante, a gente vem num processo de reflexão de entender como os jovens se vêm na agricultura familiar e de seu papel que muitas vezes é desvalorizado pela própria família. Nós temos um jovem e uma jovem que na verdade são invisíveis de seu papel na agricultura e a gente vai entendendo e desconstruindo esse entendimento, a gente percebe que os jovens trabalham, têm um papel na agricultura, na criação animal mesmo ele estudando, alguns têm o pensamento de ir pra outra área, mas mesmo assim não perder aquele contato com a sua identidade de agricultor camponês, isso é extremamente importante pra fortalecer esse projeto da agroecologia em dar continuidade a agricultura familiar aqui do território e isso foi fundamental em refletir com esses jovens que muitas vezes não estão tão articulados nesse trabalho, mas foi um aprendizado pra gente observar e refletir de como trabalhar e envolver esses jovens na articulação regional”, explica a presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Massaranduba, Maria Leônia Soares, Léia.
Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural
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