A produção do algodão orgânico na agricultura familiar de diversos municípios da região do Pajeú vem num movimento crescente, processo de superação de situações e aprimorando a capacidade de produção e produtividade das famílias em sistemas plantados nas dinâmicas agroecológicas, diversificando a linha de produtos alimentares que se associam ao algodão enquanto cultura de renda das famílias envolvidas no projeto de produção, agregação de valor e inclusão do produto no mercado junto a empresa compradora.

Na última sexta-feira, 11 de outubro, Stúdio Rural entrevistou o agricultor familiar Bartolomeu Benigno dos Santos, residente no Assentamento Jacú, localizado no Sítio Cacimbinha de Sertânia, Pajeú pernambucano, falando sobre a produção coletiva das famílias que estão em diversos municípios do Sertão pernambucano. “Desde 2019 que nós vem produzindo”, explica Bartolomeu justificando que a produção tem agradado as famílias no que tem aumentado o número de famílias nas dinâmicas de produção. “O algodão ajuda bastante, estamos conseguido R$ 23 reais pra nós e recebemos, mas temos o preenchimento do caderno de campo em que eles (empresa compradora) pagam uma porcentagem pra todo aquele que preenche o caderno de campo”, reforça dizendo que o quilo tem acréscimo de R$ 9 reais pra toda aquela família que constrói o relatório com o histórico de safra da produção.

Bartolomeu explicou que pouco a pouco as famílias vêm entendendo as dinâmicas que aconteciam em décadas passadas em que se produzia milho, feijão, dentre outras culturas, que eram guardadas para uso no decorrer do ano, e quando o algodão chegava era utilizado para vestir a família, pagar uma conta e até comprar animais para aprimorar o plantel. “Eu diria que nosso agricultor plantasse em consórcio e não usasse veneno porque o veneno prejudica a saúde das pessoas, dos animais e não traz nada de bom”, aconselha Benigno em contato com o público ouvinte da Rádio Stúdio Rural Clique ouça e compartilhemos.

Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural