O deputado estadual Frei Anastácio (PT-PB) denunciou, na última quarta-feira (13), no plenário da Assembleia Legislativa, que prefeituras do interior do Estado estão desviando a finalidade do uso das máquinas do PAC2, e até alugando para serviços particulares. Segundo a assessoria o parlamentar argumentou que algumas prefeituras recebem as máquinas do PAC, mas elas não servem para sua real finalidade que é para a zona rural e os trabalhadores da reforma agrária lembrando que só para a Paraíba, foram entregues 1.059 máquinas/equipamentos, totalizando 276 milhões de reais para 201 municípios”, frisou o parlamentar.

A Portaria de número 30, de 23 de abril de 2014, emitida pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), foi evidenciada pelo parlamentar explicando que a doação dessas máquinas é para abertura, recuperação, readequação e conservação de estradas vicinais na zona rural de municípios com predominância de agricultores familiares,  conservação das estradas vicinais, importantes para o escoamento da produção e para a segurança do tráfego nos pequenos municípios, limpeza de açudes, construção de barragens subterrâneas, cacimbas, fossas, cisternas para mitigação dos efeitos da seca nas regiões do semiárido e lamentou que ao invés de servir aos trabalhadores para ações importantes, até de produção de alimentos, gestores estão usando as máquinas para carregar lixo urbano domiciliar com o argumento de que não possuem recursos para manter as máquinas. “O parlamentar também citou exemplos de que o problema se agrava por causa de má gestão”, explica aquela assessoria dizendo que aquela representação citou como exemplo o açude de Cepilhos, distrito de Areia, que servia para abastecer 22 municípios polarizados por Esperança, mas hoje se encontra assoreado, dizendo acreditar que o manancial poderia ser recuperado para dar suporte aos moradores daquela região que estão em colapso total de água.
Em relação ao açude Araçagi, segundo aquela assessoria, o deputado disse que recebeu denúncias de que aquele reservatório está completamente poluído com esgoto, além de receber dejetos do matadouro local, dizendo acreditar que as ações são para ser feitas com urgência e que é preciso o comprometimento da União, do governo do estado e dos gestores municipais, e que não adianta ir para Brasília, exigir medidas do Ministério da Integração, sem antes a frente apresentar um claro projeto para curto prazo.
Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural