
Arroz Vermelho em Diamante: dezenas de famílias agricultoras produzem tradicionalmente exclusivo à segurança alimentar
Produzindo arroz vermelho desde muitas décadas numa tradição que vai passando de pais pra filhos já é uma prática tradicional na comunidade rural Mata dos Oitis, município de Diamante, no Vale do Piancó, no Sertão da Paraíba.
Conforme a presidente da Associação dos Agricultores e Agricultoras da Mata dos Oitis, Elisângela Nunes Pinto, cerca de 30 famílias produzem o arroz numa tradição que vem desde os mais velhos e numa dinâmica geradora de vínculos, mutirões e muita solidariedade entre as famílias da comunidade. “Nós somos uma comunidade que está a sete quilômetros da sede de nosso município, aqui as famílias têm por cultura a produção do arroz vermelho numa herança de família pra família e eles plantam mesmo, de outubro pra novembro eu já entrego na Secretaria da Agricultura para os cortes de terras e essas famílias agricultoras são beneficiadas com esse corte de terra onde eles plantam dentro de uma cultura de todo mundo ajudar todo mundo, desde o plantio até o cultivo e é algo muito permanente dentro da nossa comunidade”, explica aquela diretora justificando que a colheita da safra 2024 já foi feita, recentemente, já está sendo beneficiada e é guardada para a segurança alimentar da família.
Nunes Pinto informou que a cultura demanda certo trabalho e requer fazer com que o mercado valorize mais o produto pela sua qualidade nutricional, no fato de ser produzido de forma natural e garante que a prioridade é a alimentação da família. “O que é colhido é realmente pra a família, vende pouco, eles têm um controle muito grande, ao colher esse ano guarda o desse ano e vende a semente do ano passado pra que aquela semente também não fique velha, e quando a família é pequena e aqui que teve um produtor que produziu 22 quartas de arroz que eles medem o saco por quatro latas que vai dar as quartas que eles chamam e ele vendeu dez e deixou dez guardada”, explica Nunes detalhando informações de solidariedade social e segurança alimentar diferenciada dos modelos desprovidos atuais e assegura tratar-se de um produto bem procurado nos mercados locais já que o produto é devidamente beneficiado com utilização de equipamentos da própria associação atendendo a um gradativo cronograma.
Nesta safra, explica aquela liderança, 27 famílias produziram cerca de 337 sacas de arroz, num total de aproximadamente 14 toneladas de produto plenamente beneficiado. “No início eles foram convidados a vender para o PAA, mas eles não quiseram em razão do preço apresentado, eles preferem vender no comércio mesmo, no ano passado uma saca de arroz eles estavam vendendo por R$ 150,00; esse ano está R$ 250,00 e está muito procurado e quem disser que tem ao preço de R$ 250,00 é vendido”, reforça ao dialogar com Stúdio Rural.
Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural
1 Comentário
Uma comunidade unida, onde todos se ajudam jos trabalhos, nas colheitas, parabéns a todos, e a presidenta da Comunidade.