Assentamentos rurais da reforma agrária do município de Coxixola, Cariri Ocidental paraibano, estão recebendo o benefício do reparcelamento nas unidades produtivas, prática que objetiva ampliar os lotes aumentar a capacidade produtiva dos mesmos.

A informação é da assessora de imprensa da Cooperativa de Trabalho Múltiplo de Apoio às Organizações de Autopromoção (COONAP), Suzana Araújo, explicando que a ação é promovida por aquela cooperativa, através do contrato de assistência técnica realizado com o Instituto Nacional de Colonização da Reforma Agrária – INCRA/PB, e favorecerá o acesso aos créditos Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) e outros projetos produtivos que dependem de áreas maiores para sua execução. “O assentamento Pinheiros foi concluído no último dia 09, esta ação permitiu um incremento de área para lotes de 307,25 hectares. Antes os lotes ocupavam apenas 153,77 hectares e agora totalizam 461,02 hectares. Para as 19 famílias assentadas o aumento alcançou até 380%, como foi o caso do lote 1 que pertence ao assentado Etelmino Rodrigues Sobrinho, que passou de 5,29 para 24,03 hectares”, explica Suzana ao dialogar com nossa equipe, acrescentando que aquele assentamento possui uma área total de 584,9495 hectares, porém apenas 26,28% correspondiam ao espaço utilizado pelas 19 famílias, a área de reserva legal possui 30,77% (onde o Código Florestal exige apenas 20%) e que o restante (em 52,52%) estava classificado como área coletiva, onde não era desenvolvida nenhuma atividade.

Araújo explicou que em função desta situação o reparcelamento foi debatido com a comunidade e o INCRA-PB que foi unânime em autorizar a COONAP a elaborar uma proposta de reparcelamento, onde foi apresentada e aprovada e que os próximos reparcelamentos serão realizados nos assentamentos Boa Vista I e Asa Branca. A meta é concluir estas atividades em Coxixola até o final de outubro. “De acordo com Jânio de Araújo, técnico da COONAP e responsável pela atividade foram inicialmente identificadas às áreas ocupadas pelos assentados atualmente, a fim de não causar prejuízo aos mesmos, que já desenvolviam suas atividades como cercas, currais, barreiros e roçados”, explica.

Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural