
CONTAG na PB: Regularização fundiária brasileira é lenta e só um estado brasileiro tem avanços contabilizados
As ações para resolver a regularização fundiária por parte do Estado brasileiro é um problema muito sério mesmo diante do conjunto das lutas e reivindicações da Contag, através dos Gritos da Terra, dentre outras mobilizações em anos sequenciados sem que houvesse avanços significativos, fazendo com que essa deficiência seja fator gerador de pobreza no meio rural já que as famílias agricultoras ficam inativas para diversas políticas públicas diante da falta de sua escritura de propriedade rural.
Conforme o presidente da Contag, Aristides Santos, no Brasil somente o Ceará contabilizou avanços já que conseguiu sequenciar um conjunto de ações de governo de forma ininterrupta. “Primeiro é uma grande preocupação porque tratando de regularização fundiária no Brasil é um assunto muito sério, no Nordeste principalmente, e os governos têm conhecimento dessa demanda de muitos anos atras, de mais de 20 anos, sempre foi um problema, mas em termos de políticas, no Governo Lula tratamos isso nas pautas do Grito da Terra, conversamos com os governos dos estados e só teve um estado no Brasil que avançou que foi o Ceará, e o Ceará provou que era possível. Precisa de comprometimento do governo estadual, e aqui na Paraíba eu espero que a escuta que teve aqui trazida dos sindicatos com o clamor em que mais que um depoimento era um clamor das bases pra essa questão da regularização fundiária”, explica Aristides Santos ao dialogar com Stúdio Rural (Clique e ouça).
Santos lembrou a insatisfação dos participantes em razão da ausência do governador João Azevêdo, do ministro Paulo Teixeira e dos parlamentares garante que a entidade, juntamente com a Fetag e os sindicatos continuarão na busca de construir diálogo para que essa pauta tenha soluções. “O problema as vezes do político não é não estar presente, porque hoje é uma quarta-feira e queremos reconhecer que hoje é dia de sessão lá no Congresso Nacional, mas eles têm escritórios aqui em João Pessoa, podiam estar aqui os chefes de gabinetes de todos os parlamentares, o governador poderia, além do secretário da Agricultura o Frei Anastácio, poderia ter mandado alguém do gabinete que daria uma demonstração de mais força, ou ele poderia ter passado aqui rapidamente, na política tem coisa simbólica e outra porque você precisa escutar, eu acredito que se o governador tivesse escutado aqui os sindicatos ele estaria com mais condições de tomar atitude porque orçamento é prioridade e ele vai ter que mexer numa área e transferir pra essa, mas o recado será dado por Frei Anastácio e outros que estavam aqui”, explica se comprometendo em dialogar com o ministro do MDA, Paulo Teixeira, durante viagem a China e colocará o assunto ao conhecimento de Teixeira além de dialogar com o presidente do Incra (Clique e ouça).
Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural
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