
Em Barra de Santana: Comitê das Bacias Hidrográficas se reúne pra discutir qualidade das águas e revitalização dos rios
O Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Barra de Santana, Cariri Oriental paraibano, foi sede da 2ª reunião ordinária 2024 do Comitê das Bacias Hidrográficas paraibanas (CBH-PB), evento que aconteceu naquela casa sindical, no último dia 11, e contou com representações das entidades componentes daquele coletivo discutindo temas relativos a qualidade do rio Paraíba, dentre outros, após fazer leitura e aprovação da ata da reunião anterior; introdução a Inspeção em Segurança de Barragens de Terra (Manual de Procedimento da AESA); apresentação sobre a ETA e a caixa d`água da Cagepa; dentre outras temáticas propostas e originadas naquela reunião.
Presidente daquele sindicato, Paulo Medeiros Barreto explicou ter sido importante espaço para as representações das diversas comunidades ribeirinhas e cidades municípios que estão as margens do rio Paraíba e enfrentam, historicamente, problemas relacionados ao processo de descarte de lixos e materiais perigosos nas margens e no leito do rio, invasão de vegetações ao longo da bacia hidrográfica, populações urbanas e rurais sem acesso a água, dentre outros entraves. “Aqui nós pautamos diversas temáticas e coloco como exemplo o tema da água de Barra de Santana para com a questão da estação de tratamento que eles ficaram de construir essa estação de tratamento e até agora nada, discutimos a questão do reservatório já que até então não temos caixa d`água e, desta forma, a água circula direto na rede sem a ação da caixa de tratamento e entrega uma água coletada direto no leito do rio com uma água só clorada direto na própria rede”, explica Paulo Medeiros Barreto.
Outro tema importante e que requer urgência nas providências foi a péssima realidade da calha do rio desde Monteiro à Cabedelo trabalhando um diagnóstico da realidade atual e buscando contribuir com apresentação de propostas de alternativas para as melhorias nas margens do manancial à ser apresentada aos órgãos competentes na busca de gradativas soluções. “Outro problema identificado é relativo a falta de água nas cidades ribeirinhas já que hoje a água que está sendo liberada em Boqueirão só está chegando até aqui próximo a Barra de Santana, não está descendo de rio abaixo porque a vazão é pouca e a gente quer que aumente a vazão porque hoje só é 240 litros por segundo liberado e a gente quer que vá no mínimo pra 300 a 350 litros por segundo”, explica Medeiros Barreto ao dialogar com Stúdio Rural.
Medeiros garante que Barra de Santana enfrenta uma realidade crítica com relação ao abastecimento de água no urbano daquela municipalidade e afirma que a realidade é semelhante para muitas cidades da região. “Aqui na Barra só tem água de seis horas da manhã às cinco da tarde, isso enquanto a bomba esteja ligada, desligou a bomba acabou a água porque não tem reservatório, não tem a caixa d`água e assim a água é jogada direto nos canos”, explica Medeiros Barreto.
“Outra situação apresentada foi a de Olivedos em que, conforme a representação presente, falta água direto e quase não tem água; e em Boqueirão, nas partes altas, só chega água de madrugada”, lamenta Paulo Medeiros lamentando ser exatamente a cidade em que está o açude a enfrentar o problema de estresse hídrico de forma rigorosamente acentuada.
Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural
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