Em Itatuba: Águas de Acauã será sede de evento com entrega de tecnologias sociais por entidades e governos parceiros

Entidades de governos e não governamentais associadas a agricultores e agricultoras do Reassentamento Água de Acauã, município de Itatuba, Agreste da Paraíba, estarão juntas num evento comemorativo com uma fase de entrega de equipamentos e tecnologias sociais, na próxima terça-feira, 02 de setembro, a partir das 09 horas da manhã. “Os participantes vão ver na prática o que está sendo colocado nas redes sociais, lá eles vão ver duas coisas fundamentais que é moradia digna, e, ao lado da moradia digna, produção agroecológica, produção orgânica, uma produção sustentável que respeita a natureza, que respeita os animais, a fauna, a flora, e um conjunto de infraestruturas, de produção, vão perceber o que ainda está em construção com muita coisa sendo feita lá, então eles vão tirar suas conclusões ao chegarem lá”, explica o coordenador do MAB, Movimentos dos Atingidos por Barragens, agricultor Osvaldo Bernardo, ao dialogar com Stúdio Rural.

Conforme Osvaldo, as ações do Governo do Estado e parceiras vêm fortalecendo possibilidades de vida digna a partir de ações básicas para a qualidade de vida como abastecimento de água para todas as 100 residências com adutora própria, energias solar, uma cisterna de placas para cada família, barragens subterrâneas compartilhadas pra uso do coletivo social, seis poços artesianos, dentre outras a exemplo de tecnologias trabalhadas pelo INSA e pelo PEASA PaqTecPB. “Conseguimos, com muita luta na organização popular, implementar, também, o SARA que é o Saneamento Ambiental e Reúso de Água com o processo de esgotamento sanitário em que cada casa vai ter um SARA e esse SARA o objetivo dele é armazenar toda a água que vem do uso doméstico e vai ser reutilizada em plantas frutíferas como por exemplo a pinha, acerola, a graviola, o caju e etc”, explica Osvaldo em entrevista ao Stúdio Rural justificando que cada casa vai ter um pequeno sítio alimentado pelo Sistema SARA com a força de trabalho de cada família. A tecnologia SARA foi implementada em cada casa pelo Instituto Nacional do Semiárido (INSA) , com financiamento da CEHAP, Companhia de Habitação Popular.

“E a Universidade de Campina Grande também está instalando lá um Bio Digestor que já está com a infraestrutura pronta pra funcionar, esse primeiro ficou na ‘Casa Sede’ para as pessoas entenderem a importância dessa tecnologia social na autonomia do gás de cozinha, e falta agora só a gente encher com as fezes de gado pra funcionar”, explica Osvaldo acrescentando que a perspectiva do projeto é fazer com que essa tecnologia seja replicada para todas as famílias daquela nova modalidade social camponesa, sendo esse Bio Digestor a tecnologia inspiradora junto a comunidade. “Queremos fazer esse protótipo primeiro pra que ele funcione e as pessoas vejam a importância que ele tem, num processo bem democrático onde as pessoas façam as escolhas, que não sejam projetos pensados de cima pra baixo”, comemora Osvaldo. O Biodigestor faz parte do Projeto Quintal Ecoprodutivo que o PEASA UFCG está implantando no entorno da casa sede, em parceria com o PaqTcPB e SEBRAE.

Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural

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