
Em tempos de eleições, esgotos de Campina Grande na bacia de rio é tema trabalhado por coletivo gestor de águas
Os esgotos de toda a cidade de Campina Grande jogados em condições impróprias que vão atingir o rio Paraíba e, por conseguinte, a Barragem de Acauã, cidades e povos ribeirinhos foi tema de preocupação colocado em recente encontro na Universidade Federal de Campina Grande dentro de reunião do Comitê de Bacias(Clique e leia) evidenciando a importância de intensificar a pressão sobre as autoridades municipais, estaduais e federais para que executem políticas apropriadas que pensem o tratamento desses esgotos antes de serem jogadas nos rios e, consequentemente, continuem causando impactos negativos a saúde e vida da população, dos solos, do meio ambiente, dentre outros.
Ao dialogar com Stúdio Rural, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Barra de Santana, município cortado pelo rio Bodocongó e rio Paraíba, no Cariri Oriental, Paulo Medeiros Barreto, explicou a importância de o coletivo gestor ampliar urgentemente as discussões e pressões sobre os gestores públicos na busca de resolver essa realidade que, com o crescimento do setor urbano, tem se avolumado e colocado em risco a vida desde o município de Monteiro até João Pessoa. “Eu moro próximo ao rio Paraíba e rio Bodocongó também, no ponto de encontro do rio Bodocongó, e só sabe a qualidade da água do Bodocongó quando é jogado dentro do rio Paraíba e se mistura com as águas da transposição é quem tem conhecimento e eu tenho esse conhecimento porque vejo a qualidade da água pesada que vem uma lama preta, podre e cheia de impurezas e é uma ação que tem que ser combatida, Campina Grande vai ter que cuidar dessa água esgoto que está jogando nas águas para que as cidades mais abaixo e acauã recebam água de qualidade”, explica Medeiros Barreto ao dialogar com Stúdio Rural.
Na opinião de especialistas na área de recursos hídricos e tratamentos de esgotos, o município de Campina Grande está longe de se aproximar das políticas adequadas de tratamento desses resíduos patológicos, faltando uma ampla cobrança por parte das representações sociais e de saúde pública para um debate esclarecedor sobre essa realidade para a busca de ações e políticas públicas que sanem esse problema, tema que cabe ser colocado nos projetos e propostas dos candidatos nas eleições 2022.
A realidade é igualmente praticada nos diversos municípios que estão as margens do rio Paraíba já que a prática é a mesma de jogar seus esgotos totais ou parcialmente direto nas calhas da bacia hidrográfica do Paraíba. “Temos que estar discutindo todo o translado dessas águas, as calhas do rio, a qualidade da água, como vai ser usada, não podemos aceitar hoje que as cidades ribeirinhas estejam jogando seus esgotos pra dentro do rio, pois as cidades abaixo vão está recebendo esgotos, água poluída, nós não podemos aceitar que quem esteja plantando com irrigação esteja usando muito agrotóxico e até jogando os vasilhames dentro do rio como já presencio dentro do meu e de outros municípios”, explica Barreto.
Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural
1 Comentário
É absurdo que em tempos de defesas do meio ambiente ser um assunto de extrema importância. As cidades que são circunvizinhas ainda usam desse procedimento atrasado . Jogar detritos é esgotos nos principais rios deveria ser enquadrado como crime ambiental e deveria ser pago uma multa e ter fiscalização séria. Que as autoridades do setor hidrido tomem ciência desse absurdo e tomem providências e que a sociedade prejudicada por essa ação não cruze os braços. Pois tudo muda apartir de ações sociais e coletivas .