Com o objetivo de fortalecer a agricultura e a pecuária do município de Santa Cecília, a Emater escritório local vem fazendo um trabalho continuado junto aos agricultores e agricultoras familiares daquele município numa parceria com as entidades locais num contexto com a seca e a chegada da praga da Cochonilha do Carmim que vem limitando a capacidade produtiva dos camponeses em todo aquele município.

Entrevistado no Programa Domingo Rural e Esperança no Campo da Rádio Queimadas FM e Rádio Serrana de Araruna AM 590 kHz, o assessor técnico da Emater local, Ailton Francisco dos Santos enfatizou o conjunto das ações desenvolvidas em todas as comunidades rurais com a meta, espacialmente, de superar a crise enfrentada pela seca que vem desde o ano de 2012 e as ações e práticas de superação a praga da Cochonilha do Carmim que já conseguiu dizimar parte dos palmais daquele município e região. “A dificuldade é grande, a gente está no quarto ano de seca, muitos agricultores diminuíram seus rebanhos, mas, graças a Deus, lá em Santa Cecília não teve mortalidade animal, os agricultores cuidam muito bem, os pecuaristas e agricultores familiares vivem da pecuária leiteira e enfrentam as dificuldades que são grandes, mas a gente contribui de alguma forma e desenvolve técnicas, por exemplo a maniçoba que antigamente era uma planta daninha na região e a gente conseguiu convencer os agricultores a fazer o feno da maniçoba e fazer também feno de outras plantas nativas da região; aprendemos cada vez mais armazenar água e são técnicas de convivência com a seca e tem que ser assim, houve sim uma diminuição na produção de leite, mas nenhum agricultor até agora chegou a quebrar, estão com dificuldades grandes, mas estamos na luta contribuindo na medida do possível e o que a gente puder fazer pra ajudar e é o que a gente está fazendo”, explica Ailton ao dialogar com nosso público ouvinte no semiárido brasileiro. 
Já o agricultor familiar José Batista Barbosa, Zé Correia(foto), disse que as dificuldades enfrentadas estão acima da média já que a seca se prolonga desde o ano de 2012 e garante que se não fosse as políticas públicas de governos e o trabalho da Emater local as perdas e consequências teriam sido bem mais danosas. “Nós estamos dando palma forrageira, o gado está comendo o capim solto no cercado por enquanto, também fizemos alguns silos para terminar o verão e, se Deus quiser, atravessar a seca”, explica dizendo que a seca e a chegada da cochonilha representam o maior entrave na vida das famílias agricultoras, mas reconhece o trabalho da Emater e a criação da cooperativa dos produtores como sendo instrumentos que têm dado melhores condições de produção e produtividade para as famílias agricultoras de todo o município. “A Emater tem um trabalho que não tem pareia, a Emater está ajudando muito bem os agricultores, está na medida, está primeira”.
Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural