Encontro de Soledade é destaque no Programa Domingo Rural desta semana

A cidade de Soledade, Cariri Oriental paraibano, foi sede de um seminário pra discutir a realidade enfrentada pelo município e região em razão da falta de chuvas e consequentes impactos no comércio, na indústria e na agricultura regional.

O evento aconteceu na manhã do último dia 19 de maio, terça-feira, no clube recreativo de Soledade e contou com a presença do Stúdio Rural na busca da informação trabalhada no Programa Domingo Rural e Esperança no Campo e circulação nas redes socais através do Informativo Stúdio Rural enviado para mais de 15 mil pessoas e organizações via e-mails. 
Do evento participaram representações das diversas secretarias governamentais de Soledade e prefeituras da região, câmaras municipais, Governo do Estado, Governo Federal, Território do Cariri Oriental, do Seridó e do Curimataú, cooperativas e ONGs assessoras da agricultura e pecuária, entidades de agricultores, empresários do comércio e indústria dentre outros segmentos preocupados com a realidade da falta d’água e em busca de alternativas durante esse longo período de estiagem.
Durante o encontro as entidades e órgãos governamentais discutiram e aprofundaram o entendimento sobre o tema fazendo encaminhamentos para o enfrentamento do amplo estresse hídrico registrado em toda aquela região. “Faço uma avaliação positiva, hoje é muito difícil um prefeito, um político, um gestor público convocar a população para discutir a questão da crise hídrica, da seca, da geração de emprego e renda, isso é salutar e eu parabenizo meu amigo de longas datas Zé bento pela iniciativa do evento e conclamar a comunidade e a região do Curimataú, Cariri e Seridó para discutir a crise hídrica e as perspectivas, ou seja, as ações e proposituras para enfrentarmos isso e encaminhar aos devidos poderes públicos competentes, porque são medidas que falam de urgências e são medidas emergenciais para o homem do campo que está perecendo já que está acabando a água, a ração, não temos políticas públicas para garantir o animal nem de aquisição do produto do produtor e então alguém tem que falar”, explica o presidente da Coapecal, Cooperativa Agropecuária do Cariri, Laudemiro Lopes de Figueiredo Filho, Miro(foto) ao iniciar seu diálogo com o público ouvinte da Rádio Serrana de Araruna e parceiras. 
Entrevistado pelo Stúdio Rural, o superintendente do Incra-PB, Cleofas Ferreira Caju, comentou ser um evento de fundamental importância para a região que sofre com a seca dizendo que o debate aponta perspectivas de encontrar meios de superar as deficiências apresentadas numa perspectiva de construção de ações e políticas pública estruturantes e permanentes de convivência com a realidade semiárida. “Nós do Incra e parceiras não poderíamos deixar de nos fazer presentes, porque dentro desse território dessa região aqui afetada pela seca nós temos uma interseção interessante, nós temos vários assentamentos aqui distribuídos por esses municípios”, explica dizendo entender ter sido evento que ofertou a capacidade de aglutinar as representações dos governos com os segmentos da sociedade do campo e cidade e que espera a construção de ações que possam transcender a volta futuras das chuvas e continuar pensando a região semiárida com suas realidade cíclicas de chuva e seca. 
Assessora técnica e social da Coonap, Cooperativa de Trabalho Múltiplo de Apoio às Organizações de Autopromoção, Ana Cristina Silva de Oliveira, foi também entrevistada na Serrana de Araruna e parceiras falando sobre o conjunto de ações já implementadas por aquela cooperativa naquela e em diversos outras microrregiões financiadas pelo Governo Federal via Incra, dentre outras parceiras e comenta que o encontro foi espaço de se perceber o que já vem sendo feito em termos de ações e políticas públicas e apontar caminhos para a implementação de ações complementares sintonizadas entre os gestores dos diversos municípios e comunidades vitimadas pela seca prolongada. “Todos esses encontros que são para a discussão de melhorias da população são muito importantes, inclusive em específico essa região aqui do Cariri Oriental que envolve esse região de Soledade, Juazeirinho, Cubati, Seriró que está numa situação crítica, onde a situação hídrica é de calamidade mesmo, então esse fórum está sendo muito importante pra essa discussão de estar levantando medidas emergenciais e também de promover alternativas para essas situações”, explica aquela assessora ao iniciar seu diálogo com o público ouvinte 590 kHz e parceiras e assegurando que a Coonap está presente nos fóruns de discussões por entender que desenvolvimento se faz com verdadeira escuta social e participação. “Estamos presentes porque isso é controle social, a gente precisa estar articulado pra poder mobilizar o pessoal na base, porque quem faz as mudanças não somos nós, quem faz mudança é o pessoal que está na base e a gente precisa estar aqui, levar as discussões para a comunidade e junto com as comunidades a gente obter forças pra lutar e pra ir atrás de direitos e superar essas dificuldades”.
Falando ao público ouvinte de Stúdio Rural, o agente de desenvolvimento do Banco do Nordeste, Edlúcio Gomes de Sousa, disse que as agências do BNB marcaram presença e estão presentes em todas as discussão dos diversos fóruns territoriais, dentre outras instâncias, por entender que a instituição e de desenvolvimento social e econômica e constrói sua política a partir das realidades locais, mesmo diante de realidades tão gritantes como a que se apresenta em consequência da seca que se prolonga desde o final do ano de 2011. “É, sem dúvidas, mas o Banco do Nordeste é um banco de fomento, é um banco que tem recursos pra trabalhar justamente esses momentos e ou essas carências, principalmente para os pequenos, então o banco tem linhas apropriadas pra isso com taxas de juros muitas vezes negativas, tem uma série de resoluções que permitem aos produtores regularizarem dívidas pendentes e temos uma equipe de campo. Hoje mesmo, por exemplo, aqui nós estamos com dois agentes de desenvolvimento do banco que trabalham diretamente no campo dando assistência aos produtores, participando das discussões institucionais e temos também o gerente de negócios mais pra discutir as questões de apoio ao comércio, a indústria, então o Banco do Nordeste é assim, é um banco que é feito para isso”, explica Edlúcio em amplo diálogo com nosso público ouvinte espalhado por toda nossa região semiárida.
Januário Marinho de Melo é secretário da Agricultura de Soledade, participou do encontro e de nossos programas radiofônicos explicando a realidade enfrentada pelo município e pela região, falando sobre o porquê do evento e sobre as expectativas almejadas pela população de todas aquelas microrregiões. “O que nos motiva a fazer esse encontro é a realidade em que nos encontramos de dificuldades motivadas por uma seca que vem aí trazendo dificuldades, principalmente na questão hídrica onde a gente encontra-se praticamente em colapso, não só Soledade, mas acho que toda uma região porque é um fenômeno da natureza, essa questão da seca é preocupante porque não é um problema nosso, não só do Cariri, mas sim de todo o Nordeste e é por isso que promovemos esse evento para que a possa chamar as parceiras para a responsabilidade, de nossas autoridades onde possamos unir forças e possa, pelo menos, minimizar essa situação e conviver com essa realidade”, relata Marinho.
Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural

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