Entidades discutem 52 anos de PATAC e apontam novos desafios para os tempos atuais
A ONG paraibana PATAC, Programa de Aplicação de Tecnologias Apropriadas às Comunidades realizou um seminário com participação de diversas entidades da agricultura familiar agroecológica de diversas regiões do Estado da Paraíba, do semiárido nordestino e do nacional através de representações da ANA, Articulação Nacional de Agroecologia.
O evento aconteceu no último dia 31 de janeiro(Clique e veja), de forma online, foi tema evidenciado no Programa Domingo Rural do domingo, 06 de fevereiro, e objetivou comemorar os 52 anos de fundação da entidades que contabiliza uma diversidade de serviços prestados a agricultura familiar e a agroecologia paraibana e do semiárido através das redes de entidades agricultores e agricultoras componentes da ASA Brasil, dentre outras.
No Domingo Rural participaram a pesquisadora em comunicação em saúde da Fundação Osvaldo Cruz e ex-funcionária do PATAC, Inesita Soares de Araújo; comunicadora da ASA, Fernanda Cruz; agricultora familiar agroecológica dona Nena; casal agricultores e mobilizadores do Polo Borborema, Roselita Victor e Euzébio Albuquerque; agricultora do Coletivo Cariri / Seridó, Maria Betânia Buriti; e coordenadora da entidade aniversariante Maria da Glória Araújo Batista todas dando uma visão do seminário e evidenciando a importante diversidade de tecnologias sociais desenvolvidas pelo PATAC em parceria com as famílias agricultoras beneficiárias e entidades parceiras na Agroecologia.
Esse ano, as atividades alusivas aos 52 anos de fundação daquela ONG homenageia o fundador da entidade, Irmão Urbano(foto), Theodorus Augustinus Döderlein de Win, falecido no ano passado e deixa um legado de uma ampla folha de trabalhos e experiências trabalhadas junto às famílias e entidades de toda a região.
“É com alegria, com luta, com resistência e festa que a gente a gente celebra os 52 anos do PATAC, então uma celebração de mais de meio século de uma organização que hoje nesta tarde a gente rememorou os traços trilhados não só pelo PATAC, mas também no entrelaçamento, nos encontros do PATAC com outras organizações e também fazer um agradecimento especial ao Irmão Urbano que, como muitos já colocaram aqui, com o jeito de fazer as coisas em escutar fazer fazendo e pensando na qualidade de vida e do melhor para o povo do semiárido, Urbano teve uma vida dedicada ao povo do semiárido a partir de suas inserções, de sua arte de pensar as tecnologias sociais, mas ele sempre também dizia que as pessoas agricultoras tinham e têm sua forma de pensar, de inventar e de reinventar a forma de você viver e conviver neste lugar”, comenta Glória Batista ao apresentar o conjunto de valores vividos pelo Irmão Urbano e lembrando a ousadia do missionário ao criar a entidade em pleno período de Golpe Militar. “Por isso mesmo que é importante a gente conhecer essa história pra gente se fortalecer, construir o nosso presente e o nosso futuro” reafirma dizendo que, em pleno período de dureza massacrante do Estado brasileiro, Urbano percebia o processo intenso de migração excludente que estava ocorrendo do campo para a cidade, fazendo com que suas ações parceiras conduzissem o PATAC para o de desenvolvimento de tecnologia para e com as comunidades.
Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural




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