
Erradicação da brucelose e tuberculose no rebanho junto a Coapecal é destaque no Programa Domingo Rural
Ofertar leite ao mercado paraibano e de diversos outros estados nordestinos com a pureza de quem tem um rebanho cadastrado somente com vacas de propriedades livres da brucelose e tuberculose é uma das marcas de valor da Coapecal, Cooperativa Agropecuária do Cariri, que tem sua indústria de laticínios instalada na comunidade Bodopitá, município de Caturité, Cariri Oriental paraibano.
A temática foi destaque no Programa Domingo Rural do último dia 03, na Rádio Queimadas FM e Rádio Serrana de Araruna AM a partir de entrevista trabalhada com o veterinário daquela empresa, Milano Sales de Melo(de verde) que, ao dialogar com nosso público ouvinte, falou de um trabalho realizado pela empresa junto aos pecuaristas e a órgãos governamentais com ação iniciada no ano de 2004 e que ainda no final daquela década qualificou a empresa como completamente livre das doenças que, se presentes no rebanho, podem ser transmitidas ao ser humano além de ser causadora de outras perdas econômicas na atividade pecuária. “Temos falado sempre sobre o nosso carro chefe que é a parte da sanidade animal dentro do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose e temos mostrado o controle que temos hoje, pois a gente é livre de Brucelose e Tuberculose com esse controle que a gente tem desde 2004, temos mostrado também as campanhas que fazemos anualmente contra a aftosa”, explica aquele veterinário.
Ao dialogar com nosso público ouvinte, Milano detalhou o trabalho desenvolvido por aquela cooperativa a partir da adesão ao Programa Nacional de Controle e Erradicação de Brucelose e Tuberculose junto a todos os fornecedores de leite que a partir de então entraram num novo tempo de só poder fornecer leite mediante o fato de ter seu atestado de sanidade animal contra essas doenças. “Então foi uma luta grande onde a gente teve entre o ano de 2004 e 2010 em torno de 504 animais sacrificados, quer dizer, numa média de 10 litros de leite por animal seria 5 mil litros de leite que entraria e veja que a gente não fez nada tão diferente, a gente pegou a Normativa e seguimos o que gerou um diferencial nosso e hoje somos das únicas empresas que fez esse trabalho e que continua fazendo porque nunca parou e não sei porque motivo o restante não dar importância a esse pilar que é um dos mais importantes que é justamente uma zoonose que passa do animal para o homem”, detalha.
Aquele profissional disse que inicialmente chegou ser assustador já que foram muitos animais identificados com as doenças o que fez com que houvesse alto número de abate de animais e um processo de imediata incineração. “Foi feito o trabalho e foi assustador, porque a gente detecta e com os atestados os animais vão tudo encaminhados para o Ministério da Agricultora e para a Defesa Agropecuária, então não poderia ser diferente, os animais que deram positivos foram todos sacrificados e incinerados, agora a gente fez um programa de sensibilização, antes de executar o Programa sensibilizamos os produtores mostrando como funcionaria todas as etapas e eles foram bem orientados e quando dava um animal positivo eles conscientes entregavam esse animal e olha que naquele período pensava-se que era uma perda, mas não era, é um câncer que está no seu rebanho e com esse trabalho você vai ter uma vida próspera”, explica Milano evidenciando que o consumidor está comprando saúde quando compra os produtos Cariri da Coapecal. “Está comprando saúde justamente porque a gente hoje é livre da brucelose e Tuberculose, a gente faz esse monitoramento mensalmente, a gente faz teste no rebanho anualmente de tuberculose e é um diferencial a nível de estado, diferente do restante”.
Milano falou sobre o trabalho que a cooperativa faz junto aos produtores mesmo durante esse período de seca que já ultrapassa quatro anos e garante que a empresa desenvolve ações que beneficiam produtores em diversas regiões paraibanas e oferta produtos lácteos em diversos estados nordestinos. “Mesmo com todas essas dificuldades a gente tem uma área grande de captação pegando produtos num grande raio, a gente vai buscar em Ouro velho, Prata, Gurjão, Soledade dentre outros naquela parte do Cariri, mas a gente vai também buscar produto naquela região de Alcantil e então é uma ampla área de abrangência e com isso seguramos esse volume de leite”, relata aquele profissional dizendo que outro importante e marcante fator da cooperativa junto aos produtores foi o conjunto das ações desempenhadas para o processo de superação da Cochonilha do Carmim que quase tira do ramo muitos famílias agricultoras pecuaristas. “A Cochonilha chegou e nocauteou mesmo porque eu dizia em 2008 que ela chegava e ela chegou mesmo, chegou para acabar mesmo porque os prejuízos que a gente teve aqui é incalculável, os produtores percebem claramente que o nosso problema hoje não é a falta de chuva, é a falta da palma porque toda a vida a gente conviveu com a seca. Se tivesse hoje o quantitativo da palma forrageira os produtores não teriam vendido gado barato, estariam achando bom o preço do leite porque hoje eles estão achando o preço baixo em razão do alto custo que eles têm na produção onde aumentou muito o concentrado na ração”, justifica explicando que em Caturité muito já foi feito com o plantio das novas variedades de palmas resistentes a cochonilha.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), ao instituir em 2001 o Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal (PNCEBT), reconheceu essas doenças como problemas de saúde animal e de saúde pública no Brasil. São zoonoses causadoras de consideráveis prejuízos econômicos e sociais, em virtude do impacto que produzem na produtividade dos rebanhos e dos riscos que acarretam à saúde humana.
Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural
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