A cidade de Campina Grande foi sede do 3° Fórum Estadual do Arranjo Produtivo da Avicultura Caipira da Paraíba e do evento Rota da Avicultura Caipira durante os dias 28 e 29 de agosto último trazendo amplas discussões técnicas e políticas sobre a atividade no processo da diversidade produtiva na agricultura familiar paraibana.

Avaliando o evento que aconteceu no auditório do Insa, Stúdio Rural traz diálogo com o diretor presidente da Empaer, Aristeu Chaves; e com a agente de desenvolvimento do Banco do Nordeste, Patrícia Neves, fazendo amplo diálogo sobre a importância do trabalho feito nas dinâmicas do cooperativismo, sobre a força impulsionadora da pesquisa e extensão rural, e sobre o papel que vem sendo desempenhado pelo crédito dentro das dinâmicas do Projeto de Desenvolvimento Territorial (Prodeter) do Banco do Nordeste, dentre outras ações práticas em andamento.

“O Arranjo Produtivo da Avicultura Caipira é extremamente importante, é um segmento que gera muito emprego e renda, mas, sobretudo produz alimentos de qualidade, tem uma participação extremamente importante no fortalecimento nutricional da população, é uma proteína de acesso a todas as camadas sociais, inclusive o ovo que é um alimento de excelente qualidade, então esse evento só vem a fortalecer esse segmento que é muito importante e a Empaer se sente honrada em participar dessa discussão, nós temos especialistas aqui na região que fazem um trabalho excepcional, não só aqui na região, mas em todo o estado da Paraíba, mas temos trabalho baseado aqui na regional, tanto de Areia quanto de Campina Grande, especialistas que acompanham toda essa produção, todos esses produtores e esse evento só vem fortalecer, como eu disse aqui, esse segmento que melhora o IDH dos municípios e naturalmente a renda e emprego na nossa região”, explica Aristeu Chaves durante entrevista no Stúdio Rural.

Durante amplo diálogo, Aristeu fala sobre o processo de organização das famílias avicultoras, motivadas pelo coletivo de entidades parceiras; sobre a inclusão dos conhecimentos a partir da extensão rural, sobre o processo de organização de diversos arranjos produtivos, sobre a aplicação de importantes recursos estruturantes e de compras tipo o PAA, ações de diversas secretarias do governo estadual com programas como o Incluir Paraíba, dentre outros investimentos; sobre as ações de contratação de novos profissionais estagiários em modalidades especiais, concurso público para o fortalecimento inovador de quadros de pessoal, dentre outras.

Gestora do Prodeter BNB em avicultura caipira, Patrícia de Vasconcelos da Silva Neves faz um balanço do evento, fala sobre o processo de participação de avicultores e entidades, sobre o trabalho que vem sendo feito na Borborema e em todo o estado da Paraíba, sobre a extensão e compartilhamento de conhecimentos tecnológicos que vêm sendo aplicados nas unidades produtivas, dialoga sobre a discussão junto ao Ministério da Integração com ênfase na Rota da Avicultura Caipira na Paraíba, e garante que o crédito BNB já está em pleno funcionamento junto ao arranjo produtivo. “Desde que nós iniciamos o Programa de Desenvolvimento Territorial, Prodeter Avicultura Caipira, que nós abrimos o leque de aplicações, tanto de custeio pecuário pra compra de ração quanto pra investimento, então eu posso dizer que quase 100% de todos os aviários hoje da agricultura familiar é beneficiado através do Pranaf pelo Banco do Nordeste”, reforça Patrícia Neves ao dialogar com Stúdio Rural.

Para Patrícia, a Rota da Avicultura caipira vai fortalecer políticas públicas parceiras capazes de impulsionar toda a cadeia produtiva. “A Paraíba foi escolhida pela dinâmica que já está existente no estado, então será o primeiro estado a ter a rota da avicultura que vai ser o estado da Paraíba. E o que essa rota vai trazer em benefício para o agricultor? Mais organização, estruturação da cadeia produtiva, envolver a questão da avicultura também na questão do Turismo, do Desenvolvimento Econômico Sustentável, da questão da Saúde porque ovo é a melhor proteína e barata que existe hoje, altíssima, então essa rota vai ter uma visão ampliada do Governo Federal e do Estado da Paraíba em relação à avicultura caipira”, justifica Patrícia acrescentando o papel do PAA enquanto mercado a ser proporcionado aos setores sociais vulneráveis. “O recado que fica é que o produtor se junte, a união realmente faz a coisa acontecer e se una, busque atividades coletivas, compras coletivas, vendas coletivas, busque se organizar em cooperativas, naquelas que você confia, porque tudo é uma questão de confiança, mas para melhorar a comercialização, então meu maior sonho é que o PAA se concretize, uma vez concretizado a gente deve ir buscar também a questão da assistência técnica porque acreditamos que o Estado precisa urgentemente fazer um concurso público para a Empaer”, reforça. Clique, ouça e compartilhemos Programa Notícias Agrícolas entrevistando Aristeu Chaves e Patrícia Neves.

Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural