O Instituto de Assessoria a Cidadania e ao Desenvolvimento Sustentável(IDS), em conjunto com o Incra, realizou o 2º Fórum Estadual do Programa de Ates da Paraíba, em evento acontecido no 25 de novembro no auditório do INSA, Instituto Nacional do Semiárido, em Campina Grande.

O encontro objetivou aprofundar a atual realidade e os desafios da ATER no Brasil e na Paraíba e promover diálogos entre as instituições executoras de Ates, representantes do Incra e gestores de programas e ações de políticas públicas para os assentamentos.

José Carlos Gomes é coordenador do Centro João Pedro Teixeira, participou do encontro e dos programas de radiofônicos de nossas emissoras parceiras classificando o evento como de extrema importância por ser momento de discussão, fortalecimento e de construção da ATER no estado, momento de formação e diálogo na construção para um novo momento já que coloca as problemáticas enfrentadas na atualidade diante da crise que se registra na atualidade brasileira onde pode fazer um planejamento das ações e novos projetos e no processo de formação de seus quadros. Ele aproveitou pra fazer um balanço das ações desenvolvida por aquela entidade de assistência técnica e extensão rural na região de Mari. “Hoje eu estou como coordenador na região de Mari onde atendemos 09 assentamentos, 992 famílias; temos o companheiro Ivanildo na região de Bananeiras onde acompanha 16 assentamentos em 06 municípios distintos e 645 famílias. A diferença de uma assistência técnica que tem sua base no movimento social, quando se compara com empresas de um modo geral, é porque na sua concepção nós já compreendemos o contexto da reforma agrária, nós temos claro que a assistência técnica faz parte da luta e não só um nicho de mercado pra vender serviço, nesse espaço falamos com muita tranquilidade que, por exemplo, diante de todo cenário financeiro pra manter politicamente a assistência técnica no estado da Paraíba, quem está bancando essa luta não é nenhum representante político, até porque na Paraíba hoje, infelizmente, nós não temos nenhum representante político institucional, nenhum deputado, nenhum senador que lute pela reforma agrária do estado da Paraíba, tudo que está em volta da reforma agrária no estado da Paraíba hoje é fruto tão somente da luta dos movimentos sociais e aqui eu quero destacar com muita ênfase o MST e a CPT. Não fosse os movimentos sociais na Paraíba, apesar de ter sido feito pouco pela reforma agrária, mas o pouco que tem sido feito diante dessa conjuntura é fruto da luta dos movimentos sociais, daí a importância de uma ATER organizada, a importância de uma ATER que vá discutir na base não só as questões próprias da elaboração de projetos, acesso às políticas públicas, mas conjunturar isso nacionalmente com nossos agricultores e agricultoras da reforma agrária de nosso estado”, explica aquele coordenador acentuando o fato de a Paraíba não ter despertado para a mudança na hora do voto que possa eleger verdadeiros representes da causa do acesso a terra e a construção das políticas públicas para a sustentabilidade do meio rural paraibano.

Superintendente do Incra na Paraíba, Cleofas Ferreira Caju participou do encontro e de nossos programas, falou sobre o porquê do evento justificando ser uma parceria Incra/IDS com a meta de avaliar as ações 2015 e ao mesmo tempo planejar as ações para o ano de 2016 buscando unificar as ações da assistência técnica, fazer uma leitura da conjuntura atual da ATER dentro do programa nacional de assistência técnica além de propor a elaboração de alguns produtos como o Projeto Terra Sol dentre outros projetos dos assentamentos. “Vivemos uma crise que é mundial, ela atinge no Brasil as ações do Governo e não podia ser diferente, atinge também os programas de assistência técnica, atinge também as unidades familiares dos assentados da reforma agrária acompanhados por essa assistência técnica, agora alternativas tem que surgir e nós estamos com ações aqui que são relevantes, mesmo em plena crise econômica, em plena crise de escassez de água aqui no semiárido em que 90% de nosso território está localizado no semiárido, temos alternativas e os arranjos produtivos do povo nos dar uma grande lição”, explica aquele superintendente fazendo referência ao conjunto das feiras da reforma agrária com venda direta ao consumidor.

Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural