
Fórum promovido pela Coonap avalia ações em assentamentos rurais de territórios paraibanos
A Cooperativa de Trabalho Múltiplo de Apoio às Organizações de Autopromoção(Coonap) que tem sede em Campina Grande e que, através de projetos parceiros com o Incra, assessora 31 assentamentos rurais em diversas microrregiões paraibanas, promoveu o Fórum anual dos assentados rurais e assessores técnicos nos assentamentos trabalhados por aquele cooperativa.
O evento aconteceu no dia 11 de março último, no auditório da Vila do Artesão, em Campina Grande, e contou com agricultoras e agricultores assentados da reforma agrária dos diversos assentamentos trabalhados por aquela Cooperativa, momento em que se discutiu temas diversos ligados a assessoria técnica a exemplo dos avanços e entraves nas ações desenvolvidas, perspectivas para este semestre primeiro do ano, avanços e contribuição da assessoria na inclusão das famílias nos programas governamentais a exemplo do PAA e PNAE; as ações da sanidade animal através de seu quadro de técnicos e veterinários a exemplo das campanhas de vacinação no ano passado; o conjunto dos intercâmbios promovidos e os que estão sendo programados para acontecer a partir de então; as ações com fundos rotativos solidários e as novas perspectivas de continuação, as dificuldades que estão sendo enfrentadas em razão da crise com atrasos do Incra no pagamento dos funcionários cooperados desde outubro dentre diversos outros temas.
“Pra mim foi bom demais, mais uma vez estamos aqui juntos e eu só tenho a agradecer, em cada fórum desses que a gente vai a gente se surpreende por causa de que a cada dia a gente conhece gente diferente, as vezes pessoas que têm novas ideias com a gente e, então, pra gente é mais uma lição de vida”, explica o agricultor José Vital Pereira, residente no Assentamento Cachoeira Grande, município de Aroeiras.
“Foi mais um encontro enriquecedor para o assentado, fica vários sentimentos, o sentimento de alegria, também com esse encontro a gente começa a escutar um ao outro e daí nasce aquele sentimento de indignação quando a gente ver que o problema que a gente passa na nossa comunidade na área do assentamento também permeia em outras áreas, as dificuldades com a falta da presença do estado nas nossas comunidades e isso é bom a gente perceber que ocorre isso porque a gente se sente indignado e forte pra lutar”, explica o agricultor e liderança Jair Gomes Barbosa, residente no Assentamento 1º de maio, município de Pocinhos.
“Todos os anos nós, no início e final de contrato, fazemos uma avaliação com os assentados e hoje nós estamos realizando mais um evento que é esse fórum dos assentados, onde se faz a avaliação de todos os trabalhados que foram realizados durante todo o ano de 2015 e quais as perspectivas para o ano de 2016 quando nós deveremos fazer o aditivo e continuar nos assentamentos, então a avaliação que fazemos é que foi boa já que teve a participação de todos os assentamentos os quais acompanhamos e dentro dessa ampla participação desses assentados eles fazem uma avaliação de que a atuação da assistência técnica foi ótima com trabalhos que têm sido realizados e eles têm aprovado, a única coisa que eles sentem dificuldade é a participação direta dos próprios assentados em alguns conselhos, em alguns territórios, a participação concreta ou direta dos servidores do Incra nos assentamentos muito embora nós sejamos servidores do Incra, mas quem resolve alguns problemas é o próprio Incra, então a perspectiva para esse ano é boa, mas que a gente pretende melhorar as nossas ações dentro dos assentamentos”, explica o assessor técnico da Cooperativa de Trabalho Múltiplo de Apoio as Organizações de Autopromoção(Coonap), Josiel Carlos Felipe da Silva.
“Esse encontro que acontece duas vezes ao ano tem importe função, em que nós somos apenas vetores porque primeiro a gente coloca a nossa situação nas áreas de assentamentos e vai resgatar, de alguma forma, em nossas áreas os novos anseios e tentar distribuir diante dos órgãos em busca de possível solução, ou não, mas um encontro como esse na realidade é extremamente válido porque a gente acaba escutando os verdadeiros atores da situação”, explica o assessor técnico da Coonap, agrônomo Hugo da Costa Araújo.
Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural
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