
No Brejo paraibano: SOS Sertão promove intercâmbio com mulheres agricultoras sobre produção de flores
Na última quarta-feira, dia 03 de setembro, a SOS Sertão, através do Programa Bem Viver Semiárido, realizou um intercâmbio com o tema: Mulheres: Associativismo e Produção de Flores do Campo, no empreendimento rural: Flores Vila Real, localizado no Sítio Engenho Tapuio, zona rural do município de Areia, Brejo paraibano.
A informação é da Engenheira Agrônoma Edvânia de Sousa Lopes, justificando que o intercâmbio contou com a participação de 32 (trinta e duas) mulheres agricultoras dos municípios de Cuité, Damião, Algodão de Jandaíra, Arara e Remígio que puderam conhecer a história de fundação do empreendimento Flores Vila Real por suas idealizadoras: Lourdes e Maria. “A produção de flores em vaso, no contexto da agricultura familiar, tem se tornado um caminho promissor para o empoderamento feminino e o fortalecimento do associativismo”, explica aquela agrônoma, acrescentando que em muitas comunidades rurais, as mulheres são as principais responsáveis pelo cuidado com o jardim e pela beleza que ele proporciona aos lares. “Essa vocação natural se transforma em uma oportunidade de negócio quando aliada ao conhecimento técnico e à organização comunitária”, reafirma Edvânia Sousa.
Ao dialogar com Stúdio Rural, Edvânia explicou que o cultivo de flores em vasos exige um manejo cuidadoso, mas acessível, permitindo que mulheres, mesmo com pouca terra disponível, possam gerar renda e que a escolha de espécies adaptadas ao clima local e com boa aceitação no mercado, como begônias, gerânios, violetas ou plantas ornamentais nativas, é fundamental. “A venda direta ao consumidor, em feiras locais, mercados de produtores ou até mesmo por meio de redes sociais, cria um canal de comercialização que valoriza o trabalho da agricultora familiar”, justifica aquela profissional explicando ter sido um dos pontos em discussão por ser responsável pelo complemento de renda das famílias e que pode ser replicado nas dinâmicas das famílias agricultoras assessoradas pelo SOS Sertão.
O associativismo, continua Edvânia Sousa, surge como um pilar para o sucesso dessa iniciativa explicando que ao se unirem em cooperativas ou associações, as mulheres ganham força para negociar melhores preços de insumos, compartilhar conhecimentos e técnicas de cultivo, acessar linhas de crédito e expandir seu alcance de mercado. “Esse trabalho em conjunto fortalece a autoconfiança e o senso de pertencimento, promovendo o empoderamento feminino em sua plenitude”, complementa lembrando que as mulheres, atuando em todas as etapas da produção – do plantio à comercialização –, demonstram sua capacidade de gestão, empreendedorismo e liderança, transformando a agricultura familiar em um motor de desenvolvimento econômico e social para suas famílias e comunidades.
Conforme a assessoria da SOS Sertão, a instituição promoveu este intercâmbio com o propósito de impulsionar as mulheres agricultoras assistidas pelo Programa Bem Viver Semiárido a desenvolverem a produção e o cultivo de flores em vaso e plantas ornamentais agregando valores e tornando a mulher protagonista em atividades econômicas da agricultura familiar.
Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural / Ascom
Fotos: Ascom SOS Sertão
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